CORONAVÍRUS

Em processo de desativação de hospitais da covid, Goiás volta a ter alta na ocupação de UTIs

Segundos dados da SES, tendência de alta voltou a ser percebida a partir de dezembro, chegando a 60% de ocupação nesta sexta (7)

Goiás tem alta na ocupação de UTIs durante processo de desativação de hospitais da Covid
Segundos dados da SES, uma tendência de alta voltou a ser percebida a partir de dezembro, chegando a 50% nesta quinta (6) (Foto: Divulgação - SES)

Após uma tendência de queda que começou no ano passado, Goiás voltou a registrar alta na taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 em hospitais estaduais. O aumento das internações ocorre simultaneamente às confirmações de casos da variante ômicron e do processo de conversão de hospitais de campanha do Estado, que deixam de ser exclusivos para o coronavírus e passam a focar em outros atendimentos.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), referentes à taxa de ocupação de leitos de UTI adulto de Covid-19 em hospitais estaduais, mostram ter havido uma tendência contínua de queda nas internações que começou ainda em agosto de 2021. Do período em questão até meados de dezembro do mesmo ano, a taxa de ocupação caiu de 85% para 19%.

No entanto, os índices, que antes eram animadores, voltaram a subir nas vésperas das festas de final de ano. Conforme os registros da SES-GO, uma tendência de alta voltou a ser percebida a partir do dia 18 de dezembro, quando a taxa de ocupação dos leitos de UTI passaram a variar novamente acima de 20%. Na tarde desta sexta-feira (7), a porcentagem de leitos de UTI ocupados na rede estadual era de 60%.

Menos leitos de UTI para Covid

Hoje, o número de leitos de UTI para Covid-19 em hospitais estaduais é menos da metade do final do ano passado. Enquanto no dia 13 de dezembro, quando Goiás registrou uma taxa de ocupação de 19%, a quantidade de leitos existentes era de 304, com 246 disponíveis e 52 ocupados, hoje, 7 de janeiro, o Estado tem 137 abertos para adultos, com 55 disponíveis e 72 ocupados.

A redução no número de leitos tem origem numa iniciativa do Estado de Goiás que, devido à queda nas internações que vinha sendo registrada, deu início a uma desmobilização dos hospitais de campanhas e centros de Covid-19, que eram as unidades exclusivas para atendimento de pacientes infectados com o coronavírus.

A SES-GO informou que, até o momento, foram reconfigurados os Hospitais de Campanha de Goiânia, que se tornou Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad); o Hospital Regional de Uruçu (HCN), agora Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) e Hospital Estadual de Itumbiara, que manteve o nome, mas passou a oferecer atendimento geral de média e alta complexidade.

HCamp de Goiânia foi uma das unidades desmobilizadas e convertidas em outra unidade (Foto: Divulgação – Governo de Goiás)

A pasta destacou que outras unidades ainda devem passar por alterações. “O planejamento da SES-GO é deixar também como legado à população goiana todas as demais unidades remanescentes: Hospitais Estaduais de Luziânia – com atendimento ainda 100% Covid-19 – Formosa, Jataí e São Luís de Montes Belos, que já estão oferecendo atendimento híbrido”.

“As reconfigurações estão sendo efetivadas conforme o monitoramento contínuo das taxas de casos novos e de ocupação hospitalar”, concluiu. Quanto ao aumento das internações por Covid-19, que ocorre concomitante à conversão de hospitais de campanha, a SES-GO declarou que o “cenário é dinâmico e a SES-GO monitora em tempo real a situação da ocupação dos leitos de todas as suas unidades hospitalares.”

Ainda de acordo com a pasta, “toda tomada de decisão para rearranjo da rede é sempre baseada em evidências” e que “conforme necessidade e demanda, há possibilidade de que a rede seja ampliada, visto que o Estado investiu em hospitais de campanha de alvenaria, que são estrutura fixas”.

Novos casos da variante ômicron da covid em Goiás

Em dezembro do ano passado, Goiás registrou os primeiros casos da nova cepa da Covid-19, a variante ômicron, em Aparecida de Goiânia. Nesta quinta-feira, o município informou que, após 2.386 sequenciamentos realizados, 55 casos de ômicron foram confirmados. A prevalência da variante alcançou a casa dos 93,5%.

Com isso, Goiás passa a ter 71 casos confirmados da nova cepa: 2 em Anápolis, 55 em Aparecida de Goiânia, 1 em Bela Vista de Goiás, 1 em Caldas Novas, 1 em Ceres, 3 em Goianésia, 4 em Goiânia, 2 em Inhumas, 1 em São Luís de Montes Belos e 1 de outro estado.