Entidades protestam contra cortes na educação nesta quinta, em Goiânia

Entidades dos movimentos sociais promovem, nesta quinta-feira (3), uma manifestação em Goiânia contra os cortes na educação promovidos pelo Governo Federal. A atividade, chamada de “Greve Geral da Educação”, terá início às 16 horas na Praça Universitária e integra uma mobilização nacional promovida pela União Nacional dos Estudantes (UNE).

Depois da concentração, os manifestantes seguem em passeata pelo centro da cidade até chegar à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Além da participação dos estudantes, os trabalhadores técnico-administrativos da UFG, IFG e IF Goiano também aderiram à greve. Os docentes da universidade federal também demonstraram apoio ao movimento.

Em Goiás, a atividade é organizada pelo Fórum Goiano contra as Reformas da Previdência e Trabalhista. O coordenador da entidade e trabalhador da UFG, João Pires Júnior, afirmou que os cortes promovidos pelo Ministério da Educação (MEC) causam sérios prejuízos às Instituições Federais de Ensino.

“Os cortes causam danos enormes para toda a comunidade universitária. Além da falta de limpeza, atrasos na água e na luz e demissão de funcionários terceirizados, há ainda a interrupção das atividades de pesquisa. A falta de insumos e a interrupção das bolsas de estudo podem trazer danos irreparáveis para o estudos em diversas áreas do conhecimento feitos dentro da universidade e dos institutos federais”, explica João.

O servidor afirmou, também, que a recente liberação de verbas anunciada pelo MEC não vai resolver o problema. “Mesmo com a liberação, vários problemas permanecem. Trabalhos acadêmicos foram interrompidos. Além disso, as dívidas contraídas pelas instituições federais de ensino geram juros, que não estão na conta do governo na hora da liberação. É preciso acabar com os cortes e ampliar os recursos destinados à educação federal”, concluiu.

Nesta quarta-feira (2), cerca de 200 pessoas entre professores, técnicos administrativos e estudantes da das mesmas instituições realizaram uma “aula na rua”, no Centro de Goiânia. Como forma de protesto, a ação tinha como objetivo de divulgar atividades e pesquisas promovidas nas unidades de ensino. Ato também fez parte dos dois dias de greve geral da Educação em todo o país.