Frio deve atingir 1,2 mil pessoas em situação de rua em Goiânia

O período de frio característico entre maio e julho em Goiânia deve atingir mais de mil pessoas em situação de rua na capital. Ao todo, segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SEDHS), existem cerca de 1,2 mil pessoas em condição de extrema vulnerabilidade social, entre moradores de rua, pedintes e vendedores nos semáforos. O desafio é agasalhar e acolher tais grupos no inverno da capital, que ocorre até julho e abaixa as temperaturas na cidade que já chegou a registrar 40,5°C, em outubro de 2020.

Ao Mais Goiás, a pasta municipal informou que já tem realizado ações para amenizar o impacto do frio nas pessoas em vulnerabilidade. Segundo a SEDHS, a demanda de pedidos por agasalhos já tem aumentado no Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro Pop). A expectativa é que, assim como em anos anteriores, haja doação de cerca de 800 cobertores em rotas onde a procura é maior, como nas regiões de Campinas, Centro e adjacências.

Além das mencionadas entregas, equipes do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) também tem atuado no sentido de agasalhar a população. Na unidade do Setor Santo Afonso houve a entrega de 30 cobertores. No Setor Parque Atheneu, uma campanha arrecada roupas de frio para doação.

De acordo com a SEDHS, a pasta realiza trabalho de atendimento, orientação e encaminhamento às entidades de apoio, como as casas de acolhida, Centro POP, Consultório na Rua e para o hotel alugado pela Prefeitura para abrigar pessoas em situação de rua e que estão com suspeitas da Covid.

Paralelo ao trabalho para agasalhar a população, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social também realiza a entrega diária de cerca de 200 refeições em rotas na Av. Goiás, Tocantins e Rua 3, no Centro; no Setor Aeroporto, Campinas, Av. Independência, locais onde há maior registro de pessoas em situação de rua e vulnerabilidade.

Previsão de frio

Nas últimas duas semanas, Goiânia tem registrado temperaturas mais amenas durante as manhãs. Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), o frio intenso depende da entrada de massa de ar continental na cidade. Até agora, não há prognóstico para que isso aconteça.

De acordo com ele, este ano ainda não foi registrado nenhum recorde de queda de temperatura na capital. “Por enquanto é isso, temperatura mais amena durante as manhãs. Ano passado tivemos umas 3, 4 massas de ar continental que derrubou a temperatura mesmo durante todo o dia. Temos que esperar”, finalizou.