TRIBUNAL DO JURI

Justiça condena acusado de matar ex-namorada e esconder corpo na cisterna, em Goiânia

O júri popular de Goiânia condenou Sebastião Carlos Lima da Silva, 42 anos, a 17…

(Foto: Divulgação - Polícia Civil)

O júri popular de Goiânia condenou Sebastião Carlos Lima da Silva, 42 anos, a 17 anos e seis meses de reclusão, nesta segunda-feira (21). Ele é acusado de matar a ex-namorada Eliane Alves da Silva e esconder o corpo dela em uma cisterna, no setor Chácaras Village Santa Rita, na capital. Consta na denúncia que ele não teria aceitado o término do relacionamento.

“Os jurados entenderam o pedido do Ministério Público e, em razão disso, condenaram o acusado por homicídio, ocultação de cadáver e furto. Reconhecendo o que a acusação solicitou, por esse juízo foi lavrada a sentença de 17 anos e seis meses de reclusão, além de multa pela prática de ocultação de cadáver e furto”, anunciou o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri.

A decisão ainda não foi publicada. Ainda cabe recurso.

Relembre

Segundo a polícia, o homem matou a ex-namorada, em Goiânia, e escondeu o corpo dela em uma cisterna em 5 de junho de 2021. O caso ocorreu no setor Chácaras Village Santa Rita, na capital. Segundo a denúncia, o réu teria cometido o feminicídio após não aceitar o fim do relacionamento.

Consta nos autos que Sebastião Carlos e Eliane Alves da Silva namoravam havia cerca de três meses e era uma relação conturbada, marcada por ciúme doentio. No dia do crime, a vítima voltava do salão de beleza e, ao chegar em casa, pediu para que o denunciado fosse embora, pois não queria continuar com o namoro.

Inconformado com o término da relação, Sebastião foi até a cozinha, pegou uma faca e amordaçou a vítima, impedindo-a de gritar por socorro. Em seguida, deu inúmeros golpes contra Eliane, que morreu no local.

Depois de matar a vítima, o homem envolveu o corpo da mulher em um lençol e o dispensou em uma cisterna que ficava no fundo do quintal. Ele também roubou o telefone celular e um cartão bancário da ex-namorada e fugiu para o Rio de Janeiro.

A filha da vítima foi quem encontrou o corpo. Ela chegou na casa da mãe e percebeu que os gatos não saiam de perto da cisterna, momento em que localizou o corpo. O réu foi preso três dias após o crime, quando trafegava pela rodovia federal ainda no Estado de São Paulo. Ele passou por audiência de custódia e a prisão preventiva foi decretada.

Vale lembrar, em meados de dezembro passado, ao mandar Sebastião Carlos a júri popular, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, disse que a materialidade delitiva do crime de homicídio perpetrado em desfavor da vítima foi comprovada, tendo em vista o laudo de exame cadavérico e as provas juntadas ao inquérito policial.