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Goiás tem 1.197 desaparecidos, diz programa do Ministério Público

O estado de Goiás tem, hoje, o registro de desaparecimento de 1.197 pessoas em todo…

O estado de Goiás tem, hoje, o registro de desaparecimento de 1.197 pessoas em todo o território. A maioria delas, do sexo masculino. Os dados são fruto da análise de dados do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), coletados pelos Programas de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid) dos Ministérios Públicos em cada unidade da federação.

Conforme os números do Sinalid, cujo site foi recentemente restruturado, das 1.197 pessoas que foram dadas como desaparecidas em Goiás, 32,08% são mulheres e 67,25% são homens. Não informados correspondem a 0,67%. A faixa etária com o maior índice de desaparecimentos, conforme o sistema, vai de 36 a 65 anos, o que corresponde a 30,13% dos desaparecidos. Logo abaixo estão os indivíduos de 12 a 17 anos, com 24,64% e de 18 a 25 anos, com 18,17% dos desaparecimentos.

Quanto à etnia, os pardos são os que mais foram dados como desaparecidos, com 52,33%, seguidos por brancos, com 30,23%, e negros, com 13,95%. Indivíduos amarelos desaparecidos correspondem a 3,49%.

Ainda conforme os números do Sinalid, há, hoje, 73.902 desaparecidos em todo o Brasil. No cenário geral, os indivíduos de 12 a 17 anos e brancos são os mais afetados, com 32,20% e 40,87%, respectivamente.

Entretanto, o Sinalid esclarece que os números coletados pelos Plids não correspondem “necessariamente ao conteúdo das informações de origem”.

O Sinalid

Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que coordena o Sinalid, estima-se que, em uma década, o Brasil tenha tido mais de 700 mil pessoas declaradas desaparecidas. Até o ano de 2017, ano de institucionalização do sistema, conforme o Conselho, o estado brasileiro não contava com uma política nacional e integrada voltada exclusivamente à localização de pessoas declaradas desaparecidas e ao enfrentamento de situações correlatas.

Em Goiás, o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos, o Plid, cujos dados alimentam o Sinalid, é coordenado pela Área de Políticas Públicas e Direitos Humanos do Centro de Apoio Operacional do MP. Para a gestora técnica Kérima Ferreira Sobrinho, o Sinalid “é o caminho mais viável na busca por uma pessoa desaparecida, já que é possível sistematizar e cruzar informações provenientes de diversos órgãos e instituições”.

O programa foi estruturado em 2018, em uma parceria do MP-GO com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-GO) e o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Durante a pandemia, o cidadão que deseja buscar informações sobre alguém desaparecido pode entrar em contato com o Ministério Público pelo e-mail [email protected].