Justiça

Homem é condenado a 25 anos de prisão por matar esposa em Porangatu

Fernando Machado Gontijo foi condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato de sua esposa,…

Fernando Machado Gontijo foi condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato de sua esposa, Mariângela Renovato dos Santos. O crime aconteceu em 24 de fevereiro de 1998 e a vítima tinha 23 anos na época. A decisão foi acertada pelo juiz Denis Lima Bonfim, da cidade de Porangatu, a cerca de 410 km de Goiânia, que, à época, ficou abalada com o crime.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), a provável morte da vítima foi estrangulamento por fios elétricos. Após o crime, Fernando teria ocultado o cadáver em uma estrada de terra vicinal. Posteriormente, ele teria incendiado o veículo que utilizou para transportar o corpo.

“As circunstâncias da prática do delito lhe prejudicam, tendo em consideração a conduta do sentenciado no intuito de destruir provas do crime após a sua execução, a exemplo do ateamento de fogo no veículo utilizado para a prática criminosa, lavagem de outro carro e de uma moto também usados para a prática delitiva, além da preocupação na constituição de álibis para se furtar à aplicação da lei penal”, explicou o juiz.

A vítima se casou com Fernando em 1991, com apenas 15 anos de idade. Conforme denúncias, eles viviam um relacionamento conturbado. Eles se separam, o homem morou um tempo em Goiânia e se casou novamente. Depois, retornou para Porangatu e reatou seus laços com a vítima, com quem teve dois filhos. Porém, conforme apurado, o relacionamento foi marcado por brigas, ciúmes, separações e reconciliações.

Dias antes do crime, o homem teria tentado matar a mulher estrangulada, deixando-a inclusive com marcas de esganadura em seu pescoço. “Mariângela tinha 23 anos quando morreu, dessa forma, as consequências do crime foram incomensuráveis, frente à eliminação prematura de uma vida humana, que deixou dois filhos menores, enlutando para sempre suas vidas, que passaram a viver sem o apoio e educação maternos, e seguramente prejudicando sua subsistência, pois consta que a vítima, embora não fosse a provedora do lar, já havia concluído seus estudos e estava apta ao trabalho”, pontuou o Bonfim.

Contra Fernando, foi apresentado o laudo do local que o corpo foi encontrado. Rastros de pneus mostraram compatibilidade com os que a moto do réu possuía. Além disso, testemunhas relataram que viram Fernando a caminho do mesmo lugar. O veículo do réu também foi periciado e constataram que o mesmo foi utilizado para o transporte do corpo, pois o aparelho de som, localizado no porta-malas, foi retirado para acrescentar espaço e levar algo com maior volume. A peça retirada foi encontrada envolta em um lençol na residência do suspeito.