Homem que matou ex em loja de Anápolis vai a júri popular na próxima quarta (10/9)
Edney não aceitava o divórcio e se opunha à divisão dos bens do casal, o que teria sido a motivação para o ataque contra a ex-mulher
Vai a júri popular o homem acusado de matar a ex-esposa dentro de loja em Anápolis. O réu Edney Pereira dos Santos será julgado na próxima quarta-feira (10) pelo feminicídio da empresária Regiane Pires da Silva, morta com três tiros dentro da loja SS Stilo Peças, em Anápolis em março do ano passado. O julgamento será conduzido pelo juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende, onde serão ouvidas as 10 testemunhas do caso. A previsão é que a sentença seja divulgada ainda no final do dia.
A motivação do crime, segundo o Ministério Público, teria relação com pedidos de divórcio e disputa pela divisão de bens, incluindo as lojas SS Stilo Peças e SO SS Pickup. Regiane havia solicitado medida protetiva de urgência em outubro de 2023, após sucessivos episódios de violência física e verbal, e ingressado com pedido de divórcio no início de 2024, que não foi aceito pelo acusado que, além de não querer dividir os bens, não aceitava o fim do relacionamento.
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O crime ocorreu em 28 de março de 2024, por volta das 13h, quando Edney, desrespeitando medida protetiva, entrou na loja administrada pela ex-esposa, cumprimentou funcionários, foi até o escritório da vítima, iniciou uma discussão, desferiu um tapa no rosto de Regiane e, em seguida, efetuou três disparos a curta distância, que causaram sua morte. Segundo a denúncia, ele ainda teria efetuado outro disparo em via pública antes de fugir. Toda ação foi registrada pelas câmeras de segurança.
Após o crime, Edney fugiu de Anápolis com ajuda do irmão, que entregou o carro e a arma usada no crime a um sobrinho em Senador Canedo, enquanto ele escapava em outro veículo. Ambos foram abordados posteriormente em Araguaçu, no Tocantins, sendo Edney preso preventivamente. O irmão do acusado não foi denunciado por ajudar na fuga, porque a lei prevê que parentes próximos, como irmãos, não podem ser punidos se auxiliam o autor do crime, desde que não tenham participado diretamente do ato criminoso.
O réu responde pelas acusações de descumprimento de medida protetiva, violência doméstica contra a mulher, feminicídio por motivo torpe e porte ilegal de arma de fogo.
O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa do réu. O espaço permanece aberto para manifestações.
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