Homicídios na “favela do Vietnã” foram motivados por dívidas de drogas, diz polícia

A Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios identificou cinco suspeitos de integrar a uma facção criminosa que seriam responsáveis por pelo menos três assassinados ocorridos este ano na região Central de Goiânia. Dois dos crimes foram cometidos em menos de três dias, em um local conhecido como “favela do Vietnã”.

Valcir Oliveira dos Santos, o “Pará”, Matheus Barbosa Silva, o “Talibã”, e um adolescente de 17 anos, segundo apurou a Polícia Civil, teriam sido os responsáveis pelo assassinado, no último dia 1º de julho, de Rodrigo Fernandes Bento, que teria ido até a favela, no Setor Norte Ferroviário, para comprar drogas.

As investigações mostraram ainda que dois dias depois, o menor e Valcir, acompanhados de Rodrigo Borges dos Santos e Rafael Soares voltaram à favela, invadiram a casa de Felipe Rodrigues da Silva e o executaram com vários tiros.

“Nos dois casos as vítimas foram mortas simplesmente porque estariam comprando drogas e não pagavam os traficantes, mas o que chama a atenção é que o valor devido por eles não chegava nem a R$ 200, mesmo assim eles tiveram suas sentenças de morte decretadas pela quadrilha, que é ligada a uma facção criminosa que domina o tráfico na região central de Goiânia”, relatou o delegado Rilmo Braga, titular da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH).

Ao concluir o inquérito, a Polícia Civil solicitou e a justiça decretou a prisão preventiva de Valcir, Matheus, Rodrigo e Rafael, além da internação do adolescente. O menor foi apreendido e três dos quatro maiores estão presos. Matheus Barbosa, que estaria escondido no interior do Estado, está sendo procurado (foto abaixo).

Além destes dois crimes, a DIH apurou que a quadrilha também executou, no dia 12 de fevereiro de 2018, no Centro de Goiânia, Thiago Correia Amaral, de 30 anos. O caso ganhou notoriedade porque, um mês antes de ser morto, Thiago foi filmado durante a rebelião ocorrida no Presídio Semiaberto em Aparecida de Goiânia carregando a cabeça de um detento que foi decapitado.