HOMICÍDIO

Idoso teve que atirar três vezes no filho que tentava matá-lo, diz delegada

O idoso de 60 anos que matou o próprio filho, de 33, para evitar que…

O idoso de 60 anos que matou o próprio filho, de 33, para evitar que a esposa – mãe do rapaz – fosse morta por ele na tarde da última quarta-feira (10), em Heitoraí, teria atirado mais duas vezes na vítima após, mesmo ferida pelo primeiro disparo, ela continuar a tentativa de matá-los. Segundo a delegada que atua no caso, Giovana Piloto, os pais teriam intervindo após o filho, que era usuário de drogas, começar a agredir sua esposa e filha de 3 anos.

Ao Mais Goiás, Giovana relata que tudo aponta para um caso de legítima defesa. Segundo as testemunhas ouvidas até agora, incluindo o autor dos disparos, na última quarta-feira o homem teria entrado em surto – possivelmente causado por drogas – e começado a agredir sua esposa, que também é sua prima em 1º grau, e sua filha de apenas 3 anos. Os pais do rapaz, que moram na casa ao lado, teriam ouvido os gritos e correram para intervir.

Ainda conforme os relatos das testemunhas à delegada, o rapaz teria ficado furioso com a interferência e partiu para a cima da própria mãe, armado com uma faca. O pai teria mandado que ele parasse, e o filho, então, se voltou contra o idoso, que estava com uma arma de fogo. Giovana conta que o pai chegou a disparar um tiro de advertência, mas não adiantou.

“Segundo as testemunhas, primeiro o pai atirou para o telhado, para o filho afastar. Como ele não afastou e continuou indo na direção dele com a faca, o pai atirou”, narra a delegada.

No entanto, segundo apurado pelas investigações até agora, o primeiro tiro não foi suficiente para contê-lo. Mesmo ferido pelo disparo, o rapaz, segundo a delegada, continuou a tentativa de esfaquear o pai, o que teria levado o idoso a disparar mais dois tiros.

Homem que morreu era usuário de drogas, dizem testemunhas

Todas as testemunhas ouvidas até agora, segundo Giovana, descreveram a vítima como uma pessoa extremamente agressiva. Ele passou por duas internações, devido à sua dependência química e alcoólica, sendo a última em dezembro do ano passado. Mas ao sair, voltou a beber e a usar drogas.

Ainda conforme a delegada, o filho tinha um longo histórico de agressão verbal contra a mãe e também contra o sogro, que já agrediu fisicamente.

Ao Mais Goiás, Giovana revela que a investigação deve durar cerca de 10 dias. Concluído o inquérito, que até o momento aponta para legítima defesa do pai, o caso será encaminhado ao Poder Judiciário de Itapuranga.