SEMIABERTO

Justiça condena engenheiro acusado de matar motociclista em Goiânia após 16 anos

Júri popular de Goiânia condenou o engenheiro acusado de matar um motociclista por causa de…

Justiça condena engenheiro acusado de matar motociclista em Goiânia após 16 anos
Justiça condena engenheiro acusado de matar motociclista em Goiânia após 16 anos (Foto: Reprodução - TV Anhanguera)

Júri popular de Goiânia condenou o engenheiro acusado de matar um motociclista por causa de discussão no trânsito a seis anos de prisão em regime semiaberto (quando se dorme no presídio) por homicídio simples. O crime ocorreu há 16 anos – 19 de outubro de 2005 –, no cruzamento das Avenidas T-2 e T-42, no Setor Bueno, e a decisão do juiz Antônio Fernandes de Oliveira ainda cabe recurso.

O engenheiro Sílvio Martins dos Reis, de 45 anos, foi acusado de atropelar e matar o serralheiro Luís Sérgio Morais após o motociclista esbarrar no retrovisor do carro do condenado. Consta na denúncia do Ministério Público que o acusado estava parado em um semáforo, quando o motociclista esbarrou no retrovisor do carro, um VW Polo. Mesmo com pedido de desculpas, o engenheiro iniciou uma discussão.

Quando o semáforo abriu, eles seguiram, mas o motorista do carro bateu na traseira da moto. O motociclista caiu em cima do capô do automóvel, que fez zigue-zague até a vítima cair no chão. Após a queda, o engenheiro atingiu a cabeça da vítima e foi embora sem prestar socorro. Um sargento da Polícia Militar presenciou o crime e anotou a placa do automóvel.

Decisão

Na decisão, o magistrado citou que o engenheiro passou com a roda do carro em cima da vítima, mas por ser primário e ter bons antecedentes, a pena foi dosada. Para ele, não é possível afirmar “ter o acusado agido propositadamente”.

Ainda sobre a sentença, ele afirma que entende “satisfatória para o atendimento de seu caráter retributivo, natureza a que ela atende, face ao nosso lastimável sistema prisional, que a mais nada serve, sobretudo ao melhoramento humano dos que nele inseridos”.

Apesar de prestar depoimento à polícia, Sílvio não chegou a ser preso. Ele teve a prisão decretada em duas ocasiões, mas as mesmas foram revogadas.

Confira na íntegra a sentença AQUI.

Defesa

Flávio Cardoso, advogado do engenheiro, afirma ao Mais Goiás que a defesa faz a análise técnica da sentença para depois tomar a decisão de recorrer ou não. Segundo ele, o cliente tem a convicção que foi um acidente e que ainda irá conversar com a família para qualquer decisão. “Ele tem interesse em seguir com a vida dele.”