ABRE O OLHO

Justiça condena profissional por deixar cliente sem cílios, em Corumbá

Uma extensionista de cílios de Corumbá de Goiás, a 114 quilômetros de Goiânia, foi condenada…

Justiça condena profissional que deixou cliente sem cílios, em Corumbá de Goiás
(Foto: Reprodução Revista Cláudia)

Uma extensionista de cílios de Corumbá de Goiás, a 114 quilômetros de Goiânia, foi condenada a oito meses de detenção em regime aberto por ter causado lesão corporal em uma cliente. A mulher perdeu os cílios postiços, os naturais e parte da pálpebra após um procedimento estético de extensão dos pelos oculares.

A extensionista terá que pagar cinco salários-mínimos para a vítima, um total R$ 5.225,00. Esse valor será parcelado em 10 vezes, iniciando o pagamento com a intimação da sentença, que foi assinada na última terça-feira (29).

Consta nos autos que o uso excessivo de cola durante a colocação e, posteriormente, de removedor, além do modo imprudente de tentativa de remoção, resultou em lesão na pálpebra esquerda da vítima, além de inchaço e vermelhidão. O procedimento aconteceu em abril de 2019.

Tirou pedaço

A cliente, segundo a decisão, pagou R$ 50 pela extensão de cílios. A mulher revelou que, durante o procedimento, a extensionista disse que estava utilizando uma cola nova pela primeira vez, “mas que já tinha conhecimento que era boa”.

“A cliente levou cerca de 15 minutos para abrir os olhos porque ardiam muito. Quando tentou fazê-lo, percebeu que os cílios superiores haviam colado nos inferiores. A acusada foi puxando para descolar, dizendo que era normal, então a vítima foi para casa” lê-se nos autos.

No dia seguinte, não conseguindo abrir os olhos, a cliente ligou para a profissional que disse que iria na casa dela. A extensionista indicou ainda que ela passasse água quente no local para descolar os cílios.

A profissional usou um removedor, como não conseguia resultados positivos. “Passava cada vez mais o produto que acabou por retirar um pedaço da pálpebra e dos cílios”.

A vítima afirma que foi ao oftalmologista, precisou fazer exames e comprar remédios. Ela diz que não teve sequelas na visão, apenas lesão na pálpebra e que seus cílios levaram dois meses para crescer novamente.