COVID-19

Justiça determina redução de trabalhadores pela metade em call centers

Medida foi tomada após funcionários da unidade da Oi, em Goiânia, realizarem um manifesto na última quinta-feira (19) pela suspensão dos trabalhos diante dos casos de coronavírus no estado

Justiça determina redução de trabalhadores pela metade em call centers
Medida foi tomada após Funcionários das unidades da Oi realizarem um manifesto na última quinta-feira (19) pela suspensão dos trabalhos diante dos casos de coronavírus no estado

A Justiça determinou, nesta sexta-feira (20), a imediata redução, pela metade, da quantidade de trabalhadores em call centers de todo o Estado. A medida foi tomada após funcionários da unidade da Oi na BR-153 (BTCC), e da Vivo, na Avenida 136 (Atento), em Goiânia, realizarem um manifesto na última quinta-feira (19) pela suspensão dos trabalhos, diante dos casos de Covid-19 em Goiás.

De acordo com o documento assinado pelo juiz titular da Vara do Trabalho, Luciano Santana Crispim, “nos termos do art. 300 do CPC, a tutela de urgência antecipada será concedida quando forem demonstrados elementos que indiquem a probabilidade do direito, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, e desde que não exista perigo de irreversibilidade dos efeitos da concessão da medida”.

Segundo os funcionários, a empresa não liberou nenhum funcionário das atividades, incluindo gestantes, idosos e pessoas com doenças pré-existentes. A decisão prevê ainda que seja observada a distância mínima de dois metros entre os pontos de atendimento dos trabalhadores, fornecendo-lhes EPIs adequados ao risco; fornecimento e orientação do uso de álcool gel 70% para os trabalhadores que estiverem exercendo suas atividades normais; e manter as áreas de uso comum e os postos de trabalho higienizados e arejados.

Além disso, fica determinada a orientação aos trabalhadores quanto às medidas de higiene e segurança para a prevenção do coronavírus, propagadas pelo Ministério da Saúde, “inclusive com o afastamento imediato do trabalhador que apresente qualquer dos sintomas da COVID-19”.

o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicação e Teleatendimento no Estado de Goiás (Sinttel), Alessandro Torres, comemorou a decisão e fez, ainda, um apelo à comunidade: “Solicitamos encarecidamente que não liguem nas centrais, somente se for necessário, porque as pessoas lá também precisam de cuidados especiais”. O presidente informou também que o sindicato está realizando um trabalho de conscientização e prevenção do risco de adquirir o coronavírus. “Estamos entregando aqui nas portarias dos call centers um frasco pequeno de álcool em gel, para que o trabalhador possa higienizar as mãos frequentemente”, finalizou.

O Mais Goiás está aberto a manifestação da Vivo.

A BTCC se manifestou em nota:

A BTCC Conexão Cliente esclarece que não existe nenhum colaborador da empresa contaminado pelo coronavirus. É objetivo principal da BTCC proteger a saúde de seus colaboradores e assegurar a continuidade dos serviços prestados que são essenciais a população como atendimentos em áreas da Saúde, Segurança, Telecomunicações, Energia e demais órgãos como Governo e instituições públicas.

Para garantir que esses serviços essenciais continuem sendo prestados à população nesse momento de avanço do Covid-19, a BTCC adotou as seguintes medidas: intensificação da higienização dos ambientes comuns e postos de trabalho individuais; uso do home office nas atividades em que é possível do ponto de vista técnico e realização de trabalho remoto ou férias pelos trabalhadores com sessenta anos ou mais, com doenças cardíacas, diabete ou outras doenças graves e gestantes. A empresa esclarece que está atenta e cumprindo todas as recomendações orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e das autoridades de saúde brasileiras.