REVOLTA

Clientes denunciam que não receberam veículos adquiridos em loja de usados em Aparecida

Vítimas alegam que mesmo veículo foi vendido para mais de uma pessoa e que o mesmo aparecia em mais de uma loja de usados na região

Clientes denunciam que não receberam veículos adquiridos em loja de usados em Aparecida
Clientes denunciam que não receberam veículos adquiridos em loja de usados em Aparecida (Foto: Enviada ao Mais Goiás)

Clientes denunciaram, na sexta-feira (1°), não terem recebido os veículos adquiridos em uma loja de carros usados no Jardim Monte Cristo, em Aparecida de Goiânia. Segundo as vítimas (foto), elas repassaram valores para o estabelecimento com a promessa de que receberiam uma ligação em até três dias para buscarem o automóvel.

Além de alegarem prejuízo, os responsáveis pela loja de usados teriam proposto um distrato cancelando a venda dos veículos, mas com a condição da retenção de 30% do valor transferido no momento da compra. Os clientes não aceitaram os termos e acionaram a Polícia Militar de Goiás (PMGO).

As vítimas afirmam que o mesmo veículo foi vendido para mais de uma pessoa e que o mesmo carro aparecia em mais de uma loja de usados na região. De acordo com Emily Cristina, uma das clientes lesadas, ela não aceitará pagar 30% de multa de quebra de contrato pela suspeita de um único veículo ter sido vendido para várias pessoas.

“Eu dei uma entrada de R$ 10 mil, sendo R$ 5 mil em um HB20s e R$ 5 mil em um Fiat Punto. Após repassar os valores, me alegaram que eu receberia uma ligação e, após 24 horas, pegaria o veículo. Quando fui até a garagem, os vendedores saíram correndo em carros que eram ofertados na loja, aí notei que existia algo errado”, relatou Emily.

Prejuízo

As vítimas se reuniram na frente do estabelecimento para confrontar a situação, mas os vendedores foram embora do local com medo de retaliações. A loja de veículos usados foi inaugurada recentemente na região, mas precisou ser fechada por conta da ausência dos funcionários. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil (PC).

Um cliente, que preferiu não se identificar, informou ser de outro município e não ter dinheiro e local para se alojar. “Sou de Caiapônia, estou aqui sem dinheiro e local para me alojar, tentando pegar o carro que comprei através de um crediário realizado na loja. Não tenho dinheiro, minhas economias foram utilizadas na entrada do veículo.”

Conforme a defesa do proprietário da loja, representada pela advogada Mariana Amâncio, é impossível devolver os valores arrecadados no início das negociações. “É preciso que os reclamantes aceitem assinarem documentos que interrompam o contrato para solucionarmos o desacordo comercial”.

A defesa ainda ressaltou que, em alguns casos, a revolta do cliente é por causa da negativa da financeira responsável pelo financiamento do veículo. “Os casos que não foram identificados quebra de contrato por parte da loja, a retenção de uma porcentagem do valor é legítimo perante o contrato estabelecido, sendo um valor estabelecido de 30%”, afirma.