COMO AGIR

Mergulho em águas rasas pode causar lesões graves; veja o que fazer em caso de acidente

Orientação é entrar em pé nesses locais ou em pontos desconhecidos

Mergulhar em águas rasas pode causar tetraplegia (Foto: Freepik)
Mergulhar em águas rasas pode causar tetraplegia (Foto: Freepik)

Durante o período de férias, o número de acidentes em águas rasas, aumenta significativamente. Esse tipo de incidente é a segunda principal causa de lesões que podem levar à tetraplegia, segundo o Corpo de Bombeiros.

Quando a pessoa mergulha e bate a cabeça no fundo, a força do impacto é transmitida diretamente à coluna cervical, que protege a medula espinhal. A medula funciona como um “fio” entre o cérebro e o corpo, sendo responsável pelos movimentos, sensações e até funções automáticas, como a respiração.

Em caso de fratura da coluna, o osso da vértebra pode comprimir ou cortar a medula, interrompendo a transmissão de sinais e provocando perda de movimentos e sensibilidade. A gravidade da lesão depende do nível em que ela ocorre. Lesões acima da vértebra C6, localizada no pescoço, podem deixar a pessoa com paralisia nos braços, pernas e tronco. Se o dano for acima da vértebra C3, mais próxima da cabeça, a vítima pode até perder a capacidade de respirar sozinha, precisando de aparelhos para sobreviver.

Como agir

O major Marra, do Corpo de Bombeiros, alerta que saber identificar esse tipo de acidente é essencial. “Se alguém mergulhar e ficar imóvel com a cabeça submersa, é um forte indicativo de lesão na medula. Nesse caso, a retirada da vítima da água deve ser feita com extremo cuidado”, explica.

A recomendação é que o socorro especializado seja acionado imediatamente, pelo telefone 193. Enquanto a equipe não chega, quem estiver no local pode ajudar com cautela, desde que o ambiente seja raso e controlado. A técnica adequada envolve posicionar um antebraço sob o tórax da vítima e a outra mão sob o queixo, mantendo a cabeça e a coluna alinhadas. Com um segundo apoio na coluna, é preciso girar a vítima em bloco, sem torções. Depois disso, deve-se aguardar a chegada dos bombeiros, que irão imobilizá-la com colar cervical e prancha rígida.

Para prevenir esse tipo de acidente, a orientação é simples: nunca mergulhe de cabeça em locais desconhecidos ou de pouca profundidade. “Entre em pé em águas rasas ou locais que você desconhece”, reforça o major.

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