Mestre de Karatê que dá aulas para crianças carentes em Goiânia é tema do Fazendo a Diferença

O Mestre Zuival da Conceição tem 49 anos de idade e 41 anos que pratica artes marciais. Sua paixão pelo Karatê nasceu ao assistir filmes de lutas. Na primeira oportunidade que teve, ele começou a treinar e nunca mais parou. Há 16 anos, ele construiu o seu dojô (local onde ensinam e treinam artes marciais japonesas) no fundo da sua casa e, desde então, ajuda crianças carentes da região Noroeste de Goiânia. Segundo o mestre, ele atende cerca de 20 crianças e adolescentes, entre 5 e 16 anos, por ano, de maneira gratuita. É esse o tema do Fazendo a Diferença.

Zuival é natural de Estreito, uma cidade no interior do Maranhão. O seu primeiro contato físico com o Karatê aconteceu quando seu primo, que também era professor da modalidade, foi até onde ele morava para dar aulas. O mestre conta que no local eles não tinham tatame (tapete onde são praticadas artes marciais) e ele e os colegas lutavam diretamente no chão.

Após se tornar mestre e vir morar em Goiânia, Zuival passou a ensinar artes marciais no setor Fama. Porém, por ser muito longe, ele teve a ideia de construir seu próprio dojô no fundo da sua casa. Hoje o local é completo, com todos equipamentos de treino, cheio de medalhas, prêmios e tem espaço para até 20 alunos. As aulas para adultos são cobradas, mas, para ensinar as crianças, o professor não cobra nada.

“A gente vê que tem muita gente que tem vontade de aprender, e não tem condição de pagar, né?”, comenta.

Zuival revela que é muito difícil conseguir patrocínios. Inclusive, duas alunas tiveram oportunidades de disputar o campeonato mundial de Karatê, mas não conseguiram ir por falta de capital. Todavia, alguns empresários o ajuda a comprar as vestes e os equipamentos para as crianças que desejam praticar o esporte, mas os pais não têm condições de arcar com os gastos.

O professor disse que se emociona quando seus alunos conquistam medalhas ou quando eles mostram que estão aprendendo a modalidade. Além da alegria dos pequenos atletas, os pais sempre vão até o dojô para agradecer pelo bem que Zuival faz para seus filhos.

Zuival conta que seu projeto tem 16 anos, mas não tem data para acabar. “Eu quero ensinar mais gente até o dia que Deus me der vida e saúde”.

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