HIDROLÂNDIA

Motorista é preso em Goiás com mais de mil garrafas de vinho argentino falsificado escondidas em carga de adubo

Apreensão dos vinhos se torna a maior realizada pela PRF em 2025. Número de apreensões já é maior que o registro em todo o ano de 2024

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Motorista é preso com mais de mil garrafas de vinho argentino escondidas em carga de adubo na BR-153 (Foto: Divulgação/PRF)

Um motorista, que não teve a identificação divulgada, foi preso após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontrar mais de mil garrafas de vinho argentino escondidas em meio a sacas de fertilizantes dentro de uma carreta na BR-153, em Hidrolândia. A apressão foi realizada na noite do último dia 18, mas a ocorrência só foi divulgada nesta quarta-feira (25). A carga se torna a maior apreensão de vinhos do ano em Goiás e, somada a outras ocorrências, já supera todo o volume registrado no ano passado.

Segundo a PRF, os policiais suspeitaram do volume da carga e deram sinal de parada ao caminhoneiro no km 525 da BR-153. Durante a abordagem, o motorista relatou que transportava fertilizantes do Paraná para o município de Palmeiras de Goiás e apresentou as documentações da carga. Mesmo com os documents verdadeiros, os policiais afirmaram que iriam vistoriar a cargam, momento em que o homem confessou que também transportava vinhos falsificados.

À medida que a equipe retirava a lona da carreta, garrafas de vinhos importados de forma clandestina da Argentina apareciam escondidas entre as sacas. Segundo a PRF, muitos deles vinham da região de Mendoza, o maior polo produtor do país vizinho. Mais garrafas foram localizadas dentro da cabine sendo o todo, 1.032 garrafas de vinho.

Algumas garrafas encontradas custam entre R$ 200 e R$ 300, mas a mais cara delas pode chegar a R$ 1,2 mil no mercado.

A apreensão supera todo o volume recolhido em diversas operações anteriores deste ano em Goiás, que até o momento e considerando as garrafas apreendidas no dia 18, chega a 2.858. Em todo o ano de 2024, foram 2.250 vinhos recolhidos, conforme dados da Receita Federal.

Sem nota fiscal e com a confissão do motorista, o caso foi registrado como crime de descaminho, que ocorre quando mercadorias entram no país sem o recolhimento dos tributos obrigatórios.

O caminhão foi apreendido, e toda a carga encaminhada para Receita Federal em Goiânia, responsável pela análise e destinação dos produtos. Os vinhos serão avaliados em laboratório para confirmar a originalidade. Caso sejam considerados aptos, poderão ir a leilão. Se houver irregularidades, podem ser transformados em álcool gel ou até destruídos.

O motorista não revelou quem o contratou para transportar a carga clandestina.

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