DECISÃO

Motorista que jogou carro contra cavalaria da PM e matou égua responderá por lesão corporal

Decisão é do Tribunal de Justiça de Goiás

Um motorista denunciado por tentativa de homicídio após jogar um carro contra a cavalaria da Polícia Militar (PM) responderá pelo crime de lesão corporal. A decisão é do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Na ocasião, uma égua da cavalaria morreu. O entendimento do TJ foi emitido após recurso do denunciado.

O documento foi assinado pela desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, na sexta-feira (2), após o suspeito recorrer da pronúncia emitida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que havia encaminhado o homem a júri popular.

A desembargadora justificou na decisão que, ainda que “os policiais tenham afirmado que o acusado acelerou o veículo intencionalmente em direção das vítimas (os policiais da cavalaria), tal versão não ficou demonstrada e está em desacordo com as perícias realizadas no local do fato, bem como com os depoimentos colhidos em juízo”.

“Difícil afirmar que o recorrente agiu com intenção de matar as vítimas, restando evidente a ausência de intenção de matar, concluindo-se sob o prisma de ele ter cometido lesão corporal e não tentativa de homicídio”, escreveu Carmecy.

O Mais Goiás não localizou a defesa do motorista para se manifestar sobre o caso. O espaço segue aberto.

Relembre o caso

O fato aconteceu no dia 30 de outubro de 2020. Naquela época, a polícia informou que, durante um patrulhamento, o homem que estava em um automóvel suspeito de estar sendo utilizado para a prática de furtos em casas e não obedeceu a ordem de parada dos agentes.

O Ministério Público (MP-GO) realizou a denúncia por tentativa de homicídio em novembro de 2020, o órgão também informou que o homem teria entrado em uma rua e, “ao notar que o cerco estava se fechando”, em uma rua onde policiais se encontravam montados em cavalos, “acelerou o carro na direção do animal. Nesse momento, o denunciado passou o veículo sobre o animal, matando-o”, diz o documento.

Em seguida, o homem teria acelerado o carro na direção de outro animal que era montado por outra militar, que foi arremessada para o alto. Após o atropelamento, a ocorrência da PM informa que um policial atirou contra o carro dos suspeitos e acertou a perna do motorista. Ele foi socorrido para o Hospital de Urgências de Goiânia.

Na época, ele foi preso pela polícia, mas de acordo com o juiz Jesseir Coelho, agora responde em liberdade.