CRIME

MP oferece denúncia contra envolvidos na morte de corretor de imóveis de Rio Verde

Corretor Wellington Ferreira teria sido morto para que não recebesse uma dívida de R$ 20,7 milhões

Wellington Luiz Ferreira Freitas, de 67 anos (Foto: Divulgação)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia contra Renato de Souza, Rogério Oliveira Muniz e Rogério Teles Borges pela morte do corretor de imóveis Wellington Luiz Ferreira Freitas, ocorrida no último dia 20 de junho, em Rio Verde. Narra a denúncia, oferecida pelo promotor de Justiça Paulo Brondi, que a vítima foi morta a pedido de Renato de Souza, que não queria pagar uma dívida de R$ 20,7 milhões, resultante de uma comissão de venda de propriedade rural por ele adquirida.

Como Wellington Luiz vinha cobrando o pagamento do valor, Renato (segundo o MP) decidiu contratar Rogério Muniz e ofereceu-lhe a quantia de R$ 150 mil para que matasse o corretor. Aceita a proposta, Renato teria feito dois depósitos para Rogério nos valores de R$ 20 mil e R$ 10 mil, a título de adiantamento.

Sob a orientação e supervisão direta do contratante, Rogério teria procurado a vítima, supostamente interessado na compra de alguma terra em Goiás. No dia do crime, eles se encontraram, quando Wellington levou Rogério Muniz até sua fazenda, a fim de tentar vendê-la a ele. Já na propriedade rural, enquanto ambos estavam no interior do carro da vítima, Rogério a imobilizou com uma corda e a enforcou. Acreditando tê-la matado, ele deixou o corpo no local e fugiu.

Corpo de corretor foi também carbonizado

Na noite em que o crime ocorreu, Rogério Muniz recebeu um telefonema do também denunciado Rogério Teles, exigindo que ele “terminasse o serviço”. Assim, o executor retornou ao local do crime e colocou fogo no corpo da vítima, buscando apagar vestígios. Apurou-se ainda que Rogério Teles vigiou as ações de Rogério Muniz e deu-lhe apoio logístico.

Os envolvidos foram denunciados por:

– Renato de Souza: homicídio qualificado – artigo 121, parágrafo 2º, incisos I (motivo torpe), III (asfixia e fogo) e IV (dissimulação), e parágrafo 4º (segunda parte), e fraude processual – 347, parágrafo único, ambos do Código Penal, em concurso material;

– Rogério Oliveira Muniz: homicídio qualificado – artigo 121, parágrafo 2º, incisos I (promessa de recompensa), III (asfixia e fogo) e IV (dissimulação), e parágrafo 4º (segunda parte), e fraude processual – 347, parágrafo único, ambos do Código Penal, em concurso material;

– Rogério Teles Borges: homicídio qualificado – artigo 121, parágrafo 2º, III (asfixia e fogo) e IV (dissimulação), e §4º (segunda parte), do Código Penal.

O promotor Paulo Brondi pediu ainda a conversão da prisão temporária dos acusados Rogério Teles e Renato de Souza em prisão preventiva, para garantia da ordem pública e da instrução processual.