ATRASO

Novas doses da AstraZeneca devem ser utilizadas apenas para 2ª aplicação em Goiás

A princípio as doses seriam utilizadas totalmente para a primeira aplicação. Vacinas ficarão estocadas até liberação do governo federal

Brasil recebe 5,9 milhões de doses da vacina de Oxford neste sábado União Europeia entra com processo contra AstraZeneca por atraso de entrega de vacinas (Foto: reprodução/Agência Brasil)
Em voo secreto, Itamaraty buscou vacinas da Índia por 10% do valor pago pelo Ministério da Saúde (Foto: reprodução/Agência Brasil)

Pouco antes da chegada das 132.800 novas doses da vacina contra a Covid-19, que foram entregues a Goiás na madrugada desta sexta-feira (7), no Aeroporto Internacional de Goiânia, o Ministério da Saúde anunciou ao governo do estado que os imunizantes AstraZeneca devem ser utilizados apenas para a aplicação de segunda dose. A Secretaria de Estado da Saúde aguarda nota técnica, prometida até as 12 horas de hoje, para a liberação das unidades aos municípios.

A princípio, como anunciado ainda na quinta-feira (6) pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), as doses seriam utilizadas totalmente para a primeira dose, o que poderia avançar a vacinação do grupo de pessoas com comorbidade nos municípios. No entanto, por volta das 21h45 de quinta, o Ministério da Saúde avisou sobre a mudança nos planos.

A alteração de última hora liga o alerta no governo estadual, que calcula que o Ministério da Saúde está prevendo falta do imunizante AstraZeneca, assim como já ocorre com a CoronaVac. As 132 mil doses da AstraZeneca ficarão estocadas na Rede de Frios da Secretaria de Estado da Saúde aguardando a orientação do governo federal. A aplicação da segunda dose do imunizante desenvolvido pela Oxford requer prazo de 3 meses.

Comorbidade

O grupo de pessoas com comorbidade é o maior em quantitivo a ser vacinado até o momento. Segundo levantamento da Secretaria de Saúde, são 616 mil pacientes aptos a serem vacinados nesta etapa em todo o Estado. Conforme disse ao Mais Goiás a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, não há como prever quando a imunização será concluída, uma vez que o governo de Goiás depende da quantidade de doses enviadas pelo Ministério da Saúde.