Voz da Rua: Operação contra o CV no RJ repercute em Goiás e divide opiniões; assista
Iniciativa internacional, reacendendo o debate sobre segurança pública, letalidade, direitos humanos e impacto social
Uma das maiores ações já realizadas contra o Comando Vermelho (CV) no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ), mobilizou cerca de 2,5 mil agentes, com apoio de veículos blindados e helicópteros. Dados oficiais mostram que a ação resultou em 121 mortes confirmadas, entre elas de quatro policiais. Pesquisas revelam que a maioria dos habitantes das comunidades diretamente afetadas no RJ apoia a intervenção, 57%.
Por outro lado, as ações desencadeadas no Sudeste também repercutiram em Goiás. Pelo menos cinco dos mortos na iniciativa eram foragidos do estado. Cerca de uma semana após os eventos na capital flumense, mais de 30 pessoas foram detidas na região metropolitana de Goiânia em razão após um foguetório supostamente organizado para homenagear os mortos da facção no Rio.
Diante da repercussão, o Mais Goiás foi às ruas de Goiânia com o quadro exclusivo Voz da Rua para saber o que a população pensa sobre o episódio. Confira abaixo!
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Opiniões diversas em Goiânia
Entre os entrevistados, a divergência ficou clara. Para muitos, a ação representa uma resposta firme ao avanço do crime. Já outros manifestaram apreensão quanto à força empregada: a Luzia Dutra comentou: “Era culpado? Era culpado. Mas eles não mereceriam ter morrido dessa maneira”, reforçando que “tinha que ter uma operação que prendesse, mas não tirar tantas vidas e vida de inocentes”.
Mesmo a quilômetros de distância da ação, os moradores de Goiás demonstram como a segurança pública deixa de ser uma questão apenas local. A operação no Rio, com seus números, estratégias e repercussões, gera em todo o país reflexões sobre o papel do Estado, os limites da ação policial e a paz da população.
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Outra voz ouvida foi a do Willian dos Santos, ele ressaltou a dor das vítimas: “Eles não pensam nas famílias de ninguém e quantas crianças somem, se perdem por causa das drogas”. Para ele, a ação representa uma resposta ao avanço do crime: “Se não houver ação firme, o crime domina”, disse.
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