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Operação cumpre mandados contra casal por uso de documento falso

Uma operação realizada pelos Ministérios Públicos de Goiás e do Paraná cumpre, na manhã desta…

Uma operação realizada MP de Goiás e do Paraná cumpre mandados de prisão contra um casal denunciado por uso de documentos falsos. (Foto: divulgação/MP)
Uma operação realizada MP de Goiás e do Paraná cumpre mandados de prisão contra um casal denunciado por uso de documentos falsos. (Foto: divulgação/MP)

Uma operação realizada pelos Ministérios Públicos de Goiás e do Paraná cumpre, na manhã desta terça-feira (16), mandados de prisão contra um casal denunciado por uso de documentos falsos e lavagem de capitais. Investigados já haviam sido detidos em Goiatuba, em maio de 2020, mas descumpriram as regras do monitoramento e tiveram as prisões decretadas. Agora, os mandados são cumpridos em Foz do Iguaçu.

Segundo informações do MP-GO, Milton Gomes e Bianca Cruz Martinez foram presos no ano passado por ocultação da origem de propriedade de um veículo Toyota Hilux SW4. À época, foram encontrados mais de R$ 122 mil em espécie, além de várias cédulas de euro. O dinheiro estava escondido no carro e também pregado no corpo da mulher e outras duas pessoas que estavam no automóvel.

Também foram apreendidos dois cheques no valor nominal de R$ 250 mil cada e dois cartões de crédito em nome falso de Mateus Queiroz. O denunciado Milton Gomes apresentou uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) também em nome de Mateus Queiroz, enquanto a mulher utilizava uma Carteira de Identidade emitida no Estado do Pará, em nome de Bianca Martinez.

Depois da prisão, foi detectado que Milton Gomes já possuía mandado de prisão expedido pela Justiça Estadual de São Paulo, na comarca de Urânia, pelos crimes de estelionato e extorsão.

A prisão em flagrante do casal foi convertida em preventiva em Goiatuba. O MP-GO denunciou criminalmente os dois. Posteriormente, a Justiça concedeu-lhes medida cautelar alternativa à prisão, consistente no monitoramento por tornozeleira eletrônica. Contudo, eles descumpriram as regras do sistema de monitoramento e, por este motivo, em 23 de outubro de 2020, tiveram o benefício revogado e a prisão decretada.

(Foto: divulgação/MP)

Resultados da operação

Além dos mandados de prisão, a operação dos MPs desta terça-feira (16) também cumpre mandados de busca e apreensão para colher novos elementos que comprovem delitos já imputados ao casal e novos delitos eventualmente praticados pelos denunciados.

Durante o cumprimento dos mandados, foram encontrados dois carros, um Mustang e uma SW4; dólares e reais em espécie; joias em ouro; documentos falsos e cartões de crédito em nomes falsos.

A operação é realizada por intermédio da 2ª Promotoria de Justiça de Goiatuba, do Ministério Público de Goiás, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Foz do Iguaçu, do Ministério Público do Paraná.

Veja a manifestação da defesa de Milton e Bianca na íntegra: 

A defesa de Milton Gomes e Bianca Cruz Martinez declara que eles são pessoas de origem cigana e que têm no comércio seu estilo de vida. É público e notório que os ciganos têm o costume de negociarem automóveis e dinheiro é usualmente guardado em espécie, por se tratar de um hábito secular. Trata-se de pessoas de bem e empreendedores natos. Contudo, estavam sendo ameaçados de morte por milicianos, eis o motivo de usarem documentos falsos para preservarem suas vidas e integridades físicas. Também, foi o motivo do rompimento da tornozeleira eletrônica, pois temiam que as pessoas maléficas os localizassem. Tais informações, constam no processo.

Eles não se furtam a aplicação da lei penal, tanto que já apresentaram defesa e peticionam com regularidade no processo. Quanto a prisão, a lei determina que o descumprimento da medida cautelar criminal, a exemplo do rompimento da tornozeleira eletrônica, não implica na imediata prisão, deve-lhes ser dada uma segunda chance, conforme prescreve o artigo 282, §4º do Código de Processo Penal. Por fim, as outras ações criminais que respondiam em outros Estados, foram absolvidos e não existe nenhuma imputação contra eles por violência física. A defesa já apresentou as ações pertinentes pedindo a liberdade provisória e já apresentou a defesa técnica.

(Foto: divulgação/MP)