Tráfico internacional/Goiás

Presa quadrilha suspeita de traficar R$ 40 mi em cocaína mensalmente para a Europa

Era no meio de carregamentos de mármore, granito e açaí que a quadrilha presa pelo…

Era no meio de carregamentos de mármore, granito e açaí que a quadrilha presa pelo Grupo Anti Seqüestro (GAS) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) enviava, para países da Europa, pelo menos 500 quilos de cocaína pura por mês.

De acordo com a Polícia Civil (PC), a quantia rendia em torno de R$ 40 milhões mensais ao grupo. Durante operação que prendeu três suspeitos em Goiânia, dois no Pará, e um em São Paulo, os agentes apreenderam R$ 577 mil em dinheiro, além de relógios, 11 veículos de luxo, um helicóptero e dois jatos.

O líder da organização criminosa, segundo as investigações, é o holandês Dennis Petronella Marcel Gerardus, de 40 anos, que tem nacionalidade brasileira. Ele foi preso junto com Gilberto Alves Rocha Júnio, de 27 anos em Santana do Paranaíba, no interior de São Paulo.

Segundo a PC, os envios mensais rendiam cerca de R$ 40 milhões por mês à quadrilha. “Dennis era o grande articulador. Cooptava geralmente pilotos novos para buscar a cocaína em pequenos aviões na Bolívia, no Peru e na Colômbia, trazia a droga para Goiás e, daqui, a despachava para São Paulo, onde ela era embalada e misturada com cargas diversas. Só então a carga seguia, de navio ou avião, para a França, Alemanha e Bélgica”, relatou o diretor-geral da PC de Goiás, delegado Odair José Soares.

 

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Além deles, a Polícia Civil prendeu em São Félix do Xingu, no Pará, Ruylo Feitosa Barbosa, de 24 anos. Em Goiânia, foram presos Renan dos Santos Barbosa, de 30 anos, H.N.N., de 35 anos, e Ismael Victor Silva Santos, de 27 anos. Os três jovens presos em Goiânia, que se diziam empresários e circulavam na alta sociedade, seriam os responsáveis, ainda de acordo com as investigações, por lavar o dinheiro do tráfico de drogas.

Somente um dos jatos apreendidos na operação, segundo o titular da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), Rodney Miranda, está avaliado em R$ 10 milhões, bem como o helicóptero e a segunda aeronave. Os aviões, inclusive – segundo ele –, eram utilizados pelo grupo em viagens de lazer. Pista disso foram as fotos que alguns deles faziam questão de publicar nas redes sociais para expor a ostentação em viagens internacionais.

(Foto: divulgação/DEIC)

Com o grupo, foram apreendidos ainda 13 relógios de luxo, sendo oito da marca Rolex e cinco Hublot. Apesar de já estarem todos em Goiânia, nenhum dos seis presos na operação foram apresentados ou tiveram suas imagens divulgadas à imprensa.

Na apresentação, o governador Ronaldo Caiado voltou a elogiar, assim como havia feito no início da semana, o trabalho das forças policiais. “Não existe hoje um único estado no Brasil que apresente números de apreensões tão volumosos e resultados tão positivos na área da segurança pública quanto Goiás, por isso fiz questão de mais uma vez vir aqui para parabenizar pessoalmente todos os agentes envolvidos em mais essa brilhante operação”.