Presos paulistas que vieram à Goiânia para aplicar golpes
Em apenas dois dias, Fhillip Oliveira e Rafael Padilha fizeram oito vítimas na Capital. Dupla tinha até máquina para transferir dinheiro dos cartões que obtinham com a fraude
Remanescentes de uma quadrilha que foi desbaratada no final do ano passado em Goiânia, os paulistas Fhillip Nogueira de Oliveira, de 25 anos, e Rafael Cássio Luz Padilha, de 19 anos, foram presos após aplicar, em apenas dois dias, golpes em oito correntistas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Com eles, agentes do 1º Distrito Policial (Centro), apreenderam os cartões das vítimas e máquinas usadas para transferir o dinheiro para outras contas.
De acordo com o delegado Isaías Pinheiro, titular do 1º DP de Goiânia, após conseguirem os dados cadastrais preferencialmente de mulheres de mais idade, e que são servidoras públicas, Fhillip e Rafael ligavam para as vítimas usando um programa de Call Center como se fossem funcionários dos bancos e perguntavam se elas estavam fazendo uma compra de grande valor. Assim que a dona da conta negava a compra, os golpistas diziam que elas precisavam digitar o número da senha no telefone para que a transação fosse cancelada.
“Eles então captavam a senha e afirmavam que estavam mandando um motoboy na casa ou no serviço dessa pessoa a fim de buscar o cartão para uma eventual troca. Quem ia de moto era o Rafael, e quando já estava com o cartão nas mãos, ele e o Fhillip sacavam o que conseguiam, depois faziam compras até estourar o limite, e ainda transferiam dinheiro para outras contras com algumas máquinas que alugaram como se fossem comerciantes”, relatou o titular do 1º DP.
O prejuízo provocado pela dupla somente nestes dois dias, ainda de acordo com o delegado, é estimado em R$ 200 mil. Além de recuperar os cartões das vítimas, os agentes do 1º DP apreenderam com a dupla seis máquinas de cartões, além de algumas peças de roupas e bebidas que eles adquiriram de forma fraudulenta.
A polícia quer identificar agora quem são os donos das contas para onde foi transferido parte do dinheiro obtido com o golpe. “É uma quadrilha grande, já prendemos parte dela no final do ano passado, e estes dois agora, mas o complicado é que como a Justiça logo coloca esse pessoal nas ruas dificilmente conseguiremos chegar aos líderes dessa organização criminosa”, lamentou Isaías Pinheiro. Fhillip e Rafael foram autuados em flagrante por estelionato e associação criminosa.