Professora é indiciada por agredir aluno de 5 anos em Goiânia
Câmeras da escola registraram as agressões
Uma professora foi indiciada por lesão corporal dolosa após agredir um aluno de 5 anos durante as aulas no Centro de Educação Infantil Pagiel, em Goiânia. Imagens do circuito interno da escola mostram o momento em que a educadora puxa o menino pela blusa, o derruba e, em seguida, volta a agarrá-lo.
Segundo a mãe da criança, Mirya Gonzaga, seu filho foi arremessado ao chão pela professora, sofrendo uma lesão na cabeça. A direção encaminhou o material à polícia e iniciou processo para demitir a servidora por justa causa.
A professora negou ter agido de forma intencional, alegando que a criança teria caído acidentalmente enquanto ela a ajudava a vestir a blusa. Já a Secretaria Municipal de Educação informou que a profissional foi afastada imediatamente e que colaborou com as investigações, além de atender à solicitação da família para transferir o aluno para outra unidade.
Histórico de agressões
A mãe do menino relatou ao Mais Goiás que o filho já havia sido vítima de outras agressões na mesma instituição. Em um dos episódios, em junho de 2024, Mirya afirma que a direção não disponibilizou as imagens das câmeras de segurança.
Outros casos narrados por Mirya incluem uma suposta batida com tesoura na cabeça da criança, beliscões que deixaram hematomas, além de um episódio em que a professora teria colocado colegas para segurar um aluno agressivo e incentivar o filho a bater nele. Segundo a mãe, todas as vezes que procurou a escola, recebeu justificativas de que as condutas ocorreram porque a outra criança não obedecia às professoras.
A mãe afirma ainda que outra mulher, de uma unidade diferente do CEI Pagiel, a procurou pelas redes sociais relatando que a filha teria sido segurada com força no rosto por uma professora, que gritou com ela. A mulher disse ter solicitado as filmagens, mas a escola se recusou a mostrar. Diante disso, optou por retirar a filha da instituição e não prosseguiu com a denúncia por acreditar que não conseguiria comprovar o caso sem acesso às imagens.
Mirya diz esperar que “abram um inquérito para averiguar o que acontece nessas unidades, porque não foi uma e nem duas vezes”.
Em junho deste ano, a mãe afirma ter sido chamada à escola, onde o filho contou, na presença da coordenadora, que havia sido jogado de cabeça no chão. Ao solicitar as imagens, ela disse ter recebido apenas parte do vídeo, que mostrava a queda.
A mãe registrou ocorrência na DPCA no dia 4 de junho, solicitou formalmente as gravações e levou a criança para exame no IML. O inquérito concluiu pela materialidade e autoria do crime, resultando no indiciamento da professora.
A defesa da investigada não foi localizada.
Nota Secretaria Municipal de Educação de Goiânia
“A Secretaria Municipal de Educação (SME) informa que ao tomar conhecimento dos fatos a professora foi imediatamente afastada das funções. A direção da unidade prestou todos os esclarecimentos na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e segue à disposição para colaborar com as investigações. Assim que tomou ciência dos fatos, a SME se colocou à disposição da família. A pasta vai disponibilizar vaga para a criança em outra instituição, que atenda a necessidade da família.“
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