ENTREVISTA

“Projeto Coró de Pau tem missão de perpetuar a cultura popular por meio da percussão”, diz mestra

Grupo Coró de Pau ensina percussão de forma gratuita em Goiânia

Mestre Alemão e Geovanna Castro ao lado dos integrantes do projeto Coró de Pau (Foto divulgação)
Mestre Alemão e Geovanna Castro ao lado dos integrantes do projeto Coró de Pau (Foto divulgação)

A mestra Geovanna de Castro, casada com Claudinei Amaral, mais conhecido como mestre Alemão, idealizador do projeto Coró de Pau, afirmou que a missão do grupo é divulgar, difundir e perpetuar a cultura por meio da percussão popular e afro.

Natural de São Paulo (SP), Alemão veio a Goiânia em 2002 para ministrar uma oficina de percussão em uma calourada da Universidade Católica de Goiás. Desde então, o mestre percebeu a grande demanda para uma metodologia mais acessível e acabou optando por morar na cidade. A partir daí, o projeto Coró de Pau vem fazendo um trabalho de inclusão e musicalidade com a população geral e amantes da música na capital.

De acordo com Geovanna, que é responsável pelo projeto de percussão ao lado do marido, a iniciativa é totalmente independente e não conta com nenhum apoio nem patrocínio da iniciativa privada ou pública. Para os próximos anos, a mestra espera um olhar mais ativo do governo para as iniciativas culturais. Com apoio, o Coró de Pau poderá dar continuidade à difusão da cultura popular em Goiânia.

“Perdemos muito nos últimos 4 anos”, desabafa Geovanna sobre os prejuízos na cultura

A mestra informou com exclusividade ao Mais Goiás, que a cultura sofreu sérios danos desde a chegada da pandemia. “Perdemos muito nos últimos 4 anos. A pandemia foi arrasadora para nosso segmento. Fomos os últimos a retomar os trabalhos porque necessitamos de público, de aglomeração. Ainda hoje tentamos voltar ao ritmo de 2019, onde tudo fluía naturalmente.”, destacou.

Segundo Geovanna, que vive exclusivamente como artista, produtora e artesã, os integrantes do projeto Coró de Pau torcem para que as condições de trabalho dos produtores e dos artistas melhorem em 2024 e posteriormente.

Como participar do projeto

A mestra revela que o projeto é aberto para todos que tiverem interesse em participar. “Qualquer um é bem-vindo. Não precisa saber tocar e nem ter instrumento. É só chegar”, convida. Os ensaios acontecem no Palácio da Cultura, localizado na Praça Universitária, em Goiânia, todos os sábados, às 18 horas.

A participação é gratuita e a população terá instrumentos emprestados pelo grupo para utilização no local.