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Refém de Lázaro na fazenda Grota d’Água enviou mensagem à polícia

Segundo reportagem do Correio Braziliense, um dos três reféns de Lázaro Barbosa Sousa, 33 anos,…

polícia goiás Caso Lázaro: 270 policiais ainda buscam por serial killer
(Foto: Divulgação)

Segundo reportagem do Correio Braziliense, um dos três reféns de Lázaro Barbosa Sousa, 33 anos, na fazenda Grota d’Água, uma adolescente, enviou mensagem para polícia pedindo socorro ao ouvir um barulho estranho na casa, nesta tarde de terça (15). Ela escreveu: “Socorro, o assassino Lázaro está aqui em casa.”

Um policial teria deixado o número do telefone com a família, na segunda (14), durante passagem pelo local, próximo a região de Edilândia, povoado de Cocalzinho de Goiás. Os caseiros, que se tornaram reféns, eram pai, mãe e filha.

Com a mensagem, os policiais foram ao local e não encontraram ninguém na casa, que estava revirada. Ao procurarem na mata, um deles foi atingido por um tiro de raspão, no rosto.

Após troca de tiros, o Lázaro liberou os reféns e fugiu pelo rio, que margeia diversas propriedades, chácaras e fazendas da região.

Depois de fugir, o suspeito teria voltado a uma propriedade que esteve nesta manhã de terça, também na região, em busca de alimentos. O cerco, que já dura sete dias, continua.

Sete dias de caçada

Quarta-feira (9) – A onda de crimes tem início quando o suspeito invade uma casa em Ceilândia. Lá, ele teria matado o empresário Cláudio Vidal, 48; dois filhos dele, Gustavo Marques, 21; e Carlos Eduardo Vidal, 15; e sequestrado a mãe deles, Cleonice Marques, 43.

Sexta-feira (11) – Polícia Militar do DF inicia buscas pelo suspeito.

Sábado (12), à tarde – polícia encontra o corpo de Cleonice Marques. Cadáver estava próximo de um córrego na região de Sol Nascente (DF). Mulher estava nua, de bruços e apresentava cortes na região das nádegas.

Sábado (12), à noite – Três pessoas são baleadas em uma casa na zona rural de Cocalzinho de Goiás. Suspeito teria forçado vítimas a fazer comida para ele enquanto as obrigava a fazer consumo de drogas. No local, Lázaro supostamente rouba duas armas de fogo e munições.

Domingo (13), à tarde – Chácara é invadida em Cocalzinho de Goiás. Proprietário encontra imóvel revirado e dá falta do carro, um Corsa vermelho.

Domingo (13), noite – veículo é abandonado na BR-070, após avistar bloqueio policial próximo à cidade de Edilândia. Suspeito foge à pé, supostamenete para região de mata. Investigadores ainda não confirmaram se responsável por abandonar carro é mesmo Lázaro.

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Segunda-feira (14), manhã – Mais policiais se juntam à operação de captura. Agora, são 210 agentes da PM-GO, PM-DF e Polícia Federal (PF) que atuam para detectar e prender Lázaro. Secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodnei Miranda acompanha os trabalhos in loco.

Segunda-feira (14), noite – Lázaro pede comida em uma chácara em Edilândia, mas diante da negativa do caseiro atira com uma pistola contra a propriedade. O caseiro, que também estava armado com uma espingarda, revida, fazendo com que o procurado fuja do local correndo a pé.

– Terça-feira (15), tarde – Moradores de uma fazenda em Cocalzinho de Goiás afirma ter avistado Lázaro passando pela propriedade. Desesperados, eles orientam os policiais sobre o caminho que ele seguiu.

– Terça-feira (15), tarde – Três pessoas – uma mulher e duas crianças – foram mantidas reféns de Lázaro Barbosa em uma propriedade rural que fica a 5 km de distância do povoado de Edilândia. Os reféns foram libertados após troca de tiros com a polícia e o suspeito fugiu por um Rio próximo da fazenda.

– Terça-feira (15), noite – Lázaro teria retornado a uma propriedade que invadiu pela manhã em busca de alimentos. O proprietário encontrou a casa revirada e deu falta de produtos alimentícios.

O procurado

A série de crimes atribuída a Lázaro Barbosa, 33, teve início em entre 8 e 9 de abril de 2020, quando ele teria invadido uma propriedade rural de Santo Antônio do Descoberto. Quatro idosos estavam no local. Um deles foi atingido com golpe de machado na cabeça, mas sobreviveu, embora apresente sequelas, segundo a Polícia Civil goiana. Os outros idosos também foram agredidos, com menos gravidade. Lá ele roubou bens e celulares que depois foram recuperados pelos investigadores. À época ele foi indiciado por crime de roubo mediante restrição da liberdade das vítimas, emprego de arma branca e por tentativa de latrocínio.

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