SEM FISCALIZAÇÃO

Secretário reconhece dificuldade para fiscalizar ônibus e comércio em Goiânia

Durval Pedroso diz que, enquanto comércio insistir em abrir de forma clandestina, ocupação de leitos não retrocederá

Secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso.
Secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso. (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)

O Secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, durante coletiva de imprensa que ocorreu na manhã desta segunda-feira (8), comentou sobre as dificuldades de fiscalizar tanto os estabelecimentos comerciais como também o transporte coletivo para averiguar se eles estão cumprindo as restrições estabelecidas pelo decreto nº 1.757, publicado neste domingo (7) pela prefeitura da Capital. O documento visa frear a disseminação da Covid-19 e consequentemente desafogar a ocupação de leitos de UTI e enfermaria destinados ao tratamento da doença.

O titular da Saúde no município esclareceu que a administração pública municipal não conta com pessoal suficiente para fiscalizar 100% dos terminais de ônibus e dos comércios da região. Ele explicou que foi designado para que a Vigilância Sanitária Municipal faça um planejamento para que seja possível percorrer diversos locais, em diferentes setores, como forma de averiguar o cumprimento do decreto de forma ampliada.

“Fizemos adequações do ponto de vista administrativo para garantir a redução da circulação de pessoas em Goiânia. Como se trata de uma situação que envolve a saúde pública e medidas sanitárias para controle de uma doença, a Vigilância  Sanitária Municipal ficou sendo órgão responsável por planejar como a fiscalização será feita”, destacou Durval.

O secretário de Saúde pontuou que a Guarda Municipal em parceira com a Polícia Militar serão responsáveis pela verificação na capital. “A fiscalização existe, mas é muito complexo você conseguir garantir que 100% dos lugares sejam fiscalizados”, alegou.

Segundo Pedroso, com a impossibilidade de averiguar todo os estabelecimentos, terminais de ônibus em circulação na Capital, apenas com o apoio da população é que as medidas surgirão efeito. Para ele, é preciso que o cidadão entenda a necessidade das restrições de mobilidade para que no futuro a vida possa voltar ao normal.

Um dos critérios a serem analisados para que as medidas restritivas sejam revistas é que a ocupação de leitos de UTI na Capital esteja em no máximo 70%. Para Durval isso fica cada vez mais distante se o cidadão não respeita as regras impostas pela prefeitura. “O decreto precisa primeiro funcionar para depois ser revogado, enquanto o comércio insistir em funcionar de forma clandestina a ocupação de leitos nunca irá reduzir” concluiu o secretário.