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Sem prioridade na vacina da covid, conselheiros tutelares relatam reinfecções e óbitos

Os conselheiros tutelares estão entre os profissionais que não pararam suas atividades e nem migraram…

Foto: Prefeitura de Goiânia

Os conselheiros tutelares estão entre os profissionais que não pararam suas atividades e nem migraram para o home office durante a pandemia. Mas a categoria ainda não conseguiu ser incluída no rol de grupos prioritários para vacinação contra covid-19. Segundo a conselheira tutelar e presidente do Colegiado dos 30 de Goiânia, Roselei Monteiro, diversos casos de contaminações, óbitos e até reinfecções pela Covid-19 foram registrados entre os profissionais que, segundo ela, aguardam um parecer do governo do Estado.

Ao Mais Goiás, Roselei relata que dos 30 conselheiros que atuam na capital, 18 testaram positivo até hoje. Entre os funcionários do administrativo, foram seis infectados entre 15. Além desses, dois motoristas que trabalhavam no transporte dos conselheiros vieram a óbito em decorrência do coronavírus.

A categoria teve, inclusive, registro de reinfecção pela Covid-19 que é o caso de José Roberto, em isolamento após ter sido contaminado novamente. “Testei positivo pela segunda vez e estou em casa, com covid. Tem mais conselheiros nessa situação e é um absurdo, um descaso”, diz o conselheiro que atuou no caso do bebê abandonado numa caixa de papelão em Goiânia, em dezembro do ano passado.

Aguardo de parecer

De acordo com Roselei Monteiro, os conselheiros tutelares não interromperam suas atividades desde que a pandemia teve início e nem puderam trabalhar em casa. “Nosso atendimento não pode ser home office, porque é direto com o público. Não paramos nem um dia”, afirma.

A conselheira conta que uma reunião foi realizada em maio deste ano com o secretário de Saúde de Goiânia, Durval Ferreira, e conseguiram um parecer favorável do COE Municipal para a inclusão da categoria nos grupos prioritários. A questão teria seguido para deliberação do COE Estadual e desde então, segundo ela, os profissionais aguardam um parecer do Estado.

A reportagem do Mais Goiás entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) e aguarda um retorno.