Servidores são afastados por suspeita de rachadinha em Caldas Novas
Mandados foram cumpridos na sede da Vigilância Sanitária e em outros endereços ligados aos investigados
Dois servidores da Vigilância Sanitária de Caldas Novas foram afastados nesta quinta-feira (8) durante uma operação do Ministério Público de Goiás (MPGO). A investigação apura um suposto esquema de rachadinha no qual fiscais estariam recebendo ilegalmente rendimentos por horas extras sem terem trabalhado. Seis mandados de busca e apreensão foram realizada no endereços dos investigados e no prédio do órgão.
De acordo com a denúncia, servidores responsáveis pelo controle de ponto lançavam horas extras fictícias para determinados fiscais. Depois que os valores eram pagos, parte do dinheiro era repassada a esses mesmos servidores como forma de compensação pelo favorecimento.
Durante a ação, foram apreendidos R$ 6.362 em dinheiro, documentos e equipamentos eletrônicos. O caso é tratado como peculato, crime que ocorre quando um agente público se aproveita do cargo para desviar recursos.
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A operação, que recebeu nome de Vigilância Contaminada, cumpriu as ordens judiciais em diferentes endereços da cidade ligados aos suspeitos, incluindo a sede da Vigilância Sanitária (Visam). As buscas foram autorizadas pela 2ª Vara Criminal de Caldas Novas. Participaram da ação sete promotores de Justiça, servidores do MP e policiais militares.
A investigação começou em abril de 2025 e segue em andamento. Os nomes dos servidores envolvidos não foram divulgados. O Ministério Público ainda não informou se mais pessoas podem ser responsabilizadas.
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