Cuidados

Em outubro, sete crianças se afogaram em Goiás; quatro delas morreram

O mês de outubro foi bem preocupante quanto o assunto é afogamento de crianças. Segundo…

O mês de outubro foi bem preocupante quanto o assunto é afogamento de crianças. Segundo levantamentos do Corpo de Bombeiros de Goiás, sete crianças, de 0 a 11 anos, foram vítimas desse ocorrido somente este mês. Destas, quatro não resistiram e morreram após estas situações que, na maioria dos casos, ocorrem em frações de segundos.

Em Goiás, em todo o ano de 2018, 24 crianças foram vítimas de afogamentos. De acordo com o Ministério da Saúde, 17 pessoas morrem afogadas diariamente, sendo que três delas são crianças. Essa é  a maior causa de mortes acidentais de crianças no Brasil. Devido a esses números, o Corpo de Bombeiros lançou uma campanha para a conscientização dos pais, principalmente com a aproximação do verão e das férias escolares.

O tenente-coronel Fernando Caramaschi explica que os pais devem sempre supervisionar as crianças em ambientes aquáticos. Segundo ele, mesmo com a utilização de dispositivos de segurança, os pequenos não estão livres de algum incidente. “Todos esses casos registrados têm em comum a falta de supervisão de crianças. É de extrema importância os pais ficarem de olho em seus filhos e em hipótese alguma deixar crianças sozinhas em lugares com grande quantidade de água”, conta.

Um dos fatos que mais distraem os pais e apontado por Caramaschi é o celular. Ele explica que são nesses pequenos detalhes de tempo que ocorrem esses incidentes. “Sempre tem que ter cuidados com possíveis distrações como o celular. Quando recebemos uma mensagem temos aquela sede imediata de responder e nesse momento pode acontecer uma tragédia, principalmente em lugares como clubes, rios e lagos”, destaca.

O tenente-coronel ressalta que, se caso isso aconteça, é de extrema importância entrar em contato imediato com a corporação por meio do telefone 193 e tentar retirar a criança do meio líquido. “Deve verificar se a criança tem algum sinal vital, após isso tem que colocá-la em lateral para que haja relaxamento e, caso tenha alguma secreção, ela saia. Se a criança já estiver tendo uma parada cardíaca, ou seja, não respirando, deve fazer a reanimação cardiopulmonar. O tempo é um fato precioso nesses fatores”, pontua.

Mortes

No último dia 9 de agosto, um criança de cinco anos caiu em um balde e teve uma parada cardíaca em Goianésia, a 179 quilômetros de Goiânia. Ela foi resgatada e encaminhada com vida para a Unidade de Pronto Atendimento da cidade.

Já no dia 14 de outubro, um criança de seis anos morreu após se afogar em uma piscina do Clube Jaó, em Goiânia. O menino ficou submerso durante 10 minutos na parte funda de umas das piscinas do local. A criança estava acompanhada da mãe e do tio, quando a genitora saiu da piscina para fazer uma mamadeira para outro filho. O caso é investigado pela Polícia Civil.

No dia 17, a vítima fatal foi uma criança que também se afogou em uma piscina da casa da família em Luziânia. No momento do resgaste, os socorristas notaram que a criança estava com um hematoma na cabeça. Ela chegou a ser encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento da cidade, mas não resistiu. À Polícia Civil, familiares da vítima destacaram que estranharam o sumiço da criança e, ao procurá-lo, viram a sua sandália boiando dentro da piscina.

No mesmo dia, uma criança de 1 ano e meio se afogou após cair em uma piscina na Vila São Jorge, em Aparecida de Goiânia. Apesar do Corpo de Bombeiros ter sido acionado,a  vítima foi socorrida por terceiros aos hospital.

No dia 18, também em Luziânia, uma criança de 1 ano de 3 meses se afogou e foi encaminhada de helicóptero para ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol). Não há informações sobre o que teria provocado o afogamento.

No dia 27, uma criança de quatro anos se afogou em uma piscina na Vila Rosa, em Goiânia. Ela foi resgatada com vida e encaminhada pelo o Corpo de Bombeiros ao Hospital América.

Na última segunda-feria (29), uma criança de cinco anos morreu ao se afogar em um lago de pesque pague em São Luis dos Montes Belos. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, familiares da vítima, que moravam no local, estavam realizando mudança para a cidade quando notaram a ausência da criança. Ao procurarem por ela, a encontraram dentro de um dos lagos utilizados como tanque dos peixes.