Mulher se muda para longe do ex-marido e apanha em Itumbiara

Uma mulher apanhou do ex-marido porque se mudou para longe dele em Itumbiara, no sul de Goiás. O suspeito tem 37 anos e foi preso em flagrante. À Polícia Civil, a vítima disse que mudou de casa justamente para fugir de agressões que costumava sofrer.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima se mudou da residência em que morava com o homem na última sexta-feira (6). A mulher resolveu que precisava se afastar do suspeito após uma briga entre os dois. Na ocasião, ele teria destruído diversos objetos da casa e, posteriormente, trocado as fechaduras das portas da residência, para que ela não conseguisse entrar.

Aos policiais, a mulher explicou que, por estar sem um local para morar e buscando se distanciar do ex-companheira, ela se viu obrigada a alugar uma nova casa, tentando que ele não a encontrasse mais. Contudo, no início da tarde desta segunda (9), o homem localizou a nova residência da vítima, invadiu o local e a agrediu com um soco na boca.

Além das agressões, o suspeito ainda teria ameaçado a mulher, dizendo que iria matá-la. Por tudo isso, a vítima procurou a Delegacia de Atendimento Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para as providências devidas.

Aos agentes civis realizaram buscas pela região e, no mesmo dia, localizaram o suposto agressor ainda em situação de flagrante. Com isso, o homem foi preso em flagrante e levado, posteriormente, ao presídio local, onde aguardará decisão do Poder Judiciário na audiência de custódia.

Agressão às mulheres

Durante o primeiro semestre de 2021, pelo menos 103 mulheres foram vítimas de lesão corporal na cidade de Itumbiara. Em todo o estado de Goiás, foram registrados 5.255 vítimas por esse tipo de delito nos primeiros seis meses do ano. Os dados são da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-GO).

Com a pandemia da Covid-19 e a necessidade do isolamento social para a contenção do vírus, a quantidade de denúncias de violência contra a mulher diminuiu 22% de 2019 para 2020, em Goiânia. Informação é do Boletim Epidemiológico de Violências Contra a Mulheres e Feminicídio, publicado pela prefeitura da capital. De acordo com a o Paço Municipal, não há indícios de redução dos casos de agressão, apesar da subnotificação.

A Secretária Municipal de Políticas para as Mulheres, Tatiana Lemos, acredita que é a dependência econômica uma das principais causadoras da diminuição de denúncias. “Muitas vezes as mulheres mais vulneráveis não têm sequer dinheiro para a passagem de ônibus para ir a uma delegacia denunciar seu agressor”, afirma.