FRAUDE

Suspeitos de furtar processos e mandados de prisão do Tribunal de Justiça de Goiás são detidos

No total, seis mandados foram expedidos, sendo três de prisão e três de busca e apreensão

Preso trio suspeito de furtar processos e mandados de prisão do Tribunal de Justiça de Goiás (Foto: Divulgação – PC)

A Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira (13), um trio suspeito de furtar e modificar dados do sistema de processos do Fórum Criminal de Goiânia. Para cumprir os seis mandados expedidos, sendo três de prisão e três de busca e apreensão, a Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e a Operação Revocare foram acionadas.

De acordo com Gil Bathaus, delegado responsável pelo caso, as investigações tiveram início em 2019, após o furto de um processo em uma das varas criminais do Fórum Criminal de Goiânia, relatado por um servidor. A partir das apurações, a polícia descobriu que a pessoa beneficiada pelo roubo do processo físico teria pedido a um ex-presidiário para organizar a fraude e apagar do sistema eletrônico o mandado de prisão que havia contra ela.

Segundo o delegado, o mandado de prisão havia sido excluído do sistema, mas o Tribunal de Justiça identificou rapidamente o que havia acontecido e emitiu novamente o mandado. Assim, a pessoa condenada no processo foi presa novamente, e não sofreu prejuízos no andamento do caso.

Investigação

O delegado responsável pelo caso informou que a Polícia Civil não pode fornecer mais detalhes sobre a investigação para evitar que outras pessoas tentem cometer o mesmo crime.

Entretanto, ele divulgou que um dos presos pagou para ter o serviço de exclusão de dados no sistema do Judiciário.

O mandado que foi excluído do sistema diz respeito a um dos suspeitos presos na segunda-feira. Esse mesmo suspeito ainda está cumprindo pena pelo processo que foi destruído, o qual se refere a uma tentativa de homicídio.

Embora tenha sido preso por furto de processo e associação criminosa, ele ainda cumpre o antigo mandado de prisão, o que indica que o processo não foi prejudicado.

Neste momento, a Polícia Civil está investigando a exclusão de pelo menos 15 mandados de prisão adicionais, que foram eliminados pelo mesmo grupo criminoso e durante o mesmo período. O delegado responsável pelo caso também afirmou que não há qualquer evidência até o momento que sugira a participação de servidores do Judiciário no crime.