Processos e sistemas

Vereadores autorizam Mabel a contrair empréstimo de R$ 132 milhões para modernização tecnológica de Goiânia

Projeto aprovado na última sessão do ano permite contratação de crédito junto ao BNDES para investimento no programa Goiânia mais Digital

Imagem mostra prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), durante visita à Câmara Municipal
Justificativa passa por maior eficiência, transparência e qualidade dos serviços (Foto: Divulgação)

O plenário da Câmara Municipal de Goiânia aprovou, na última terça-feira (30), durante a última sessão ordinária do ano, um projeto que autoriza a Prefeitura a contratar um empréstimo de até R$ 132 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A proposta recebeu aval da maioria dos vereadores após intenso e extenso debate em plenário.

De acordo com o texto aprovado, os recursos serão aplicados na modernização da gestão pública municipal, com investimentos em tecnologia, novos processos e sistemas. A iniciativa prevê ainda a atualização da administração tributária, com foco em aumentar a eficiência, a transparência e a qualidade dos serviços prestados à população.

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Na justificativa enviada ao Legislativo, o prefeito Sandro Mabel (UB) destacou que o objetivo é acelerar a transformação digital da administração municipal, reduzir custos operacionais e ampliar o acesso dos cidadãos aos serviços públicos. A proposta integra o projeto “Goiânia Mais Digital”, que deve substituir o antigo programa “Cidade Inteligente”, da administração anterior. A expectativa da prefeitura é modernizar os sistemas de informática, a gestão documental e o monitoramento urbano da capital.

A matéria foi aprovada com 22 votos favoráveis e 8 contrários. Um dos principais pontos de crítica da oposição foi a inclusão do projeto na pauta durante a própria sessão, o que, segundo os vereadores contrários, teria limitado um debate mais aprofundado, já que se tratava da última reunião do ano.

Defendendo a proposta, o vereador Thialu Guiotti (Avante) afirmou que o financiamento faz parte de uma linha do Governo Federal voltada à modernização tecnológica das administrações municipais. “Esse recurso vai facilitar a vida do cidadão, desde o pagamento de taxas até a emissão de documentos. Além disso, contribui para combater a evasão de recursos e fortalecer o controle público. Trata-se de um empréstimo com juros baixos e prazo longo, o que traz benefícios significativos para Goiânia”, declarou.

Em posição contrária, a vereadora Aava Santiago (PSDB) criticou o envio do projeto no fim do ano legislativo. Para ela, a proposta foi votada de forma apressada e sem estudos técnicos detalhados. A parlamentar também questionou a necessidade do empréstimo, considerando que a atual gestão declarou calamidade financeira e, ao mesmo tempo, registrou superávit próximo de R$ 800 milhões. “Goiânia vai comprometer o orçamento por cerca de 20 anos, sendo que uma parte expressiva do valor será destinada apenas ao pagamento de juros”, afirmou.

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Além de Aava, também rejeitaram o processo os vereadores petistas Fabrício Rosa, Kátia Maria e Professor Edward. Coronel Urzeda e Vitor Hugo, ambos do PL, também foram contra. Kátia Maria e Professor Edward reforçaram que a inclusão da matéria na pauta ocorreu de forma intempestiva, o que teria prejudicado a análise mais ampla do impacto financeiro da operação.

Apesar das críticas, a proposta foi aprovada e autoriza a prefeitura a aplicar os recursos na digitalização de processos internos, modernização e automação dos sistemas tributários e administrativos, com a promessa de ampliar a eficiência na arrecadação e melhorar o atendimento ao contribuinte.