Após aliança com PSDB cair, Podemos avalia adesão adesão à federação Solidariedade e PRD
O parlamentar contou que também tratou do tema com a deputada federal Renata Abreu, presidente nacional do Podemos
O presidente do Podemos em Goiás, deputado federal Glaustin da Fokus, confirmou à coluna que seu partido já iniciou conversas preliminares sobre uma possível entrada na federação que será anunciada nesta quarta-feira (25) entre o PRD e o Solidariedade. A declaração acontece após seu partido dar por fim as conversas com o PSDB, que queria incorporar a sigla aos seus quadros, o que acabou não agradando a cúpula da agremiação comandada por Glaustin.
Em entrevista ao Mais Goiás, Glaustin afirmou que o tema surgiu em diálogos com lideranças das duas legendas envolvidas na nova federação. “Pode acontecer”, disse. “Falei com o Jorcelino Braga, secretário-geral do PRD Nacional, porque surgiu esse assunto. O Denes [Pereira, presidente do Solidariedade em Goiás] também tinha sinalizado que tinha uma querência, como diz meu avô. E eu acho legal isso.”
O parlamentar contou que também tratou do tema com a deputada federal Renata Abreu, presidente nacional do Podemos. “Dias atrás, eu estava jantando com a Renata e ela me perguntou se era bom para Goiás. Eu disse que era bom para o Brasil inteiro. São partidos respeitosos, que conseguem dialogar.”
Glaustin defendeu que o diálogo entre PRD, Solidariedade e Podemos seria natural por afinidade ideológica. “São dois partidos de equilíbrio. Nem extremistas de direita, nem de esquerda. A Magda [Mofatto] tá no PRD, que é uma deputada combativa na centro-direita, mas com equilíbrio no Congresso. Eu vejo isso com bons olhos.”
Apesar do tom favorável, o presidente do Podemos goiano pondera que as conversas ainda estão no início. “Liguei pro Braga dizendo da gratidão e respeito que tenho por ele. Mas é um assunto recente. Não dá pra falar muita coisa ainda. Da minha parte, eu aprovaria sem sombra de dúvidas.”
A federação entre Solidariedade e PRD será oficializada com a presença de dirigentes como Paulinho da Força (SP) e Vinícius Neskau, e deve reunir inicialmente dez deputados federais e um governador. O bloco já atua junto com o Avante na Câmara, mas o partido, por enquanto, descarta se federar.