Ministério Público denuncia repórter da Record por importunação sexual
O repórter da Record, Gerson de Souza, foi denunciado pela promotora Maria do Carmo Galvão…
O repórter da Record, Gerson de Souza, foi denunciado pela promotora Maria do Carmo Galvão de Barros Toscano, do Ministério Público de São Paulo, pelo crime de importunação sexual contra quatro jornalistas da emissora. Gerson teria assediado as jornalistas nos bastidores da atração “Domingo Espetacular”.
Segundo publicação do ‘Notícias da TV’, a denúncia foi protocolada na última segunda-feira (3) e, se for condenado, Gerson de Souza pode pegar até cinco anos de prisão. Todas as vítimas alegam que ele “as importunava com palavras maliciosas, comentários de conotação sexual, gestos obscenos e toques lascivos e não consentidos, mantendo contato físico inoportuno e constrangendo-as dentro do local de trabalho”.
O repórter está sendo investigado desde maio de 2019, após doze mulheres relatarem os casos de assédio sexual nos bastidores da Record. A iniciativa teria partido de duas jornalistas que foram até Polícia Civil (PC) de São Paulo e denunciaram Gerson de Souza.
O repórter está afastado das atividades na Record desde o início das investigações. De acordo com o Notícias da TV, ele continua recebendo o salário mensalmente e a emissora afirma “aguardar o desfecho do caso para tomar alguma decisão”.
Em nota divulgada em junho do ano passado, Gerson nega as acusações e atribuiu as denúncias ao “revanchismo”. “É devastador saber que minha carreira, e vida pessoal, estão em risco pelas informações que circulam na mídia. Sobre as acusações, no momento posso apenas dizer que o que está sendo dito sobre mim não é verdade e que confio no trabalho da polícia para esclarecer os fatos”, disse.
“Qualquer pessoa que me conhece ou já trabalhou comigo sabe que eu não sou alguém que ofenderia ou deixaria alguém desconfortável. Nunca agi de maneira ofensiva e sinto profundamente caso em algum momento de minha trajetória de 42 anos no jornalismo algum de meus colegas tenha se sentido desrespeitado. Sou pai de cinco filhas e avô de quatro netas e é essencial para mim que mulheres tenham um ambiente de trabalho seguro”, conclui Gerson de Souza.
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