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Advogado de Ronaldinho afirma que documentos paraguaios serviriam para fazer negócios no país

O advogado dos irmãos Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis, Sérgio Queiroz, disse, neste domingo (8),…

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O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis precisaram pagar uma multa de US$ 200 mil (cerca de R$ 1,1 milhão na cotação atual) para deixar o Paraguai após cinco meses de prisão. Uma parte desse valor, US$ 30 mil (equivalente a R$ 167 mil), será doada à campanha #TodosSomosBianca, uma ação social para ajudar Bianca Patiño Maiz.

O advogado dos irmãos Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis, Sérgio Queiroz, disse, neste domingo (8), em Assunção, no Paraguai, que ambos estão detidos de forma “totalmente abusiva e ilegal”, e que a decisão do sábado (7), da juíza Clara Ruíz Díaz, de acatar o pedido do Ministério Público e determinar a prisão de ambos era “rasgar a legislação paraguaia”.

Queiroz afirmou que ambos admitiram, nas duas audiências, que haviam cometido um ilícito, mas que a promotoria, em sua primeira decisão, havia considerado que aplicava, para eles, o “critério de oportunidade”. “Pois ele entendeu que eles não agiram nem com dolo ao país, nem a eles mesmos”.

Para o advogado, essa é a decisão que estaria valendo, e que, o que ocorreu depois disso é ilegal. Nesse sentido serão apresentados recursos, a partir desta segunda-feira (9), para tentar reverter a situação e conseguir liberar ambos os brasileiros.

“Não há mais nada a ser investigado a partir do momento em que os dois admitiram que erraram. Acabou aí o ilícito.” Queiróz repetiu essa afirmação várias vezes, demonstrando alguma irritação.

Quando indagado sobre um possível vínculo com o crime organizado paraguaio por meio de Dalia López, que mandou produzir os passaportes falsos para os brasileiros, Queiróz disse que ambos não tinham “nenhum vínculo com ela além dos eventos de que participariam aqui no Paraguai”. López tem pedido de prisão emitido pela Justiça e está foragida.

Queiróz disse que a defesa focará nos erros processuais que considera que tenham sido cometidos e que a explicação sobre os documentos falsos é de que “foram oferecidos a Roberto como um modo para que fizessem negócios no Paraguai. E eles aceitaram essa proposta”. Indagado sobre que tipo de negócios, Queiróz não especificou “eles têm interesse em realizar negócios aqui como em várias partes do mundo”.

Queiróz esteve com os dois irmãos na manhã deste domingo (8) e afirmou que ambos estão sendo bem tratados, mas que estão “muito irritados com a situação”. Ronaldinho e seu irmão estão num presídio de alta segurança em Assunção, compartilhando uma cela.