“Eu gostei muito, foi a melhor partida do Atlético”, avalia Adson Batista após virada contra o Avaí
Presidente ressalta confiança em Rafael Lacerda, elogia jovens da base e diz que reformulação no elenco já mostra resultado
O Atlético Goianiense conquistou uma vitória importante na noite desta terça-feira (16/9), ao bater o Avaí por 2 a 1 de virada, no Estádio Antônio Accioly, pela 26ª rodada da Série B do Brasileirão. Após o duelo, o presidente Adson Batista elogiou o desempenho da equipe, classificando como a melhor atuação do clube na competição até aqui. O dirigente, no entanto, também aproveitou para defender o goleiro Paulo Vitor, criticado por parte da torcida no lance do gol catarinense.
“Eu gostei muito. Acho que até foi a melhor partida que o atleta fez no Brasileiro. O primeiro tempo, em todo momento, impôs um ritmo forte, como tem que ser dentro de casa, e tomamos um gol, um gol que é muito difícil de acontecer, não foi falha. O goleiro não pode ficar pregado dentro do gol, ele tem que estar adiantado. A bola foi muito rápida e aqui fica o meu alerta para o nosso torcedor. Nós temos que criticar, pode criticar, sem problema nenhum, após o jogo. Eu faço isso, até eu critico, mas fora, depois do jogo. Antes, durante o jogo, você dá tiro no pé, você vai tirar a segurança, a confiança do goleiro, porque o goleiro tem potencial. E aquele gol ali foi um gol muito bonito, um gol de uma bola muito rápida, um gol que é muito difícil de acontecer. Mas o atleta conseguiu, não se abalou e conseguiu manter o controle do jogo”, analisou Adson.
Apesar da vitória, o presidente destacou que o Atlético poderia ter ampliado a vantagem, principalmente no segundo tempo, quando ficou com um jogador a mais. Adson também aproveitou para enaltecer o trabalho do técnico Rafael Lacerda.
“Acho que no segundo tempo nós tivemos até mais dificuldade, com um jogador a mais. Acho que nós poderíamos até ganhar com um placar melhor, mas eu vejo hoje, essa é a minha opinião, acho que eu gosto muito do Lacerda, é muito trabalhador, é muito intenso, jovem, vai aprender muito”, completou.
Na temporada, o Atlético tem vivido altos e baixos. Atualmente ocupa a 13ª colocação, com 35 pontos, além de ter sido eliminado na semifinal do Campeonato Goiano para o Anápolis. As contratações realizadas no início do ano foram alvo de críticas, mas a reformulação promovida por Adson, com saídas e chegadas de novos atletas, já começa a surtir efeito.
“Olha, futebol é feito de ousadia, coragem e conhecimento e tudo isso a gente tem. Evidente que você não vai acertar nunca. Nosso elenco do começo do campeonato, só tenho que falar desse campeonato, deixou muito a desejar. Talvez esteja jogando no time somente o Romão. Então, as pessoas, os que sabem mais do mundo, as pessoas, no momento em que as coisas estão ruins, sabem mais do que todo mundo, ninguém sabe mais nada, ninguém serve para nada. Então, nesse momento, queria que eu ficasse aqui definhando, ir para a Série C e depois chorar? Não. Eu vou tomar a decisão quando necessária”, afirmou.
O dirigente também reforçou que identificou falta de comprometimento em boa parte do grupo inicial, mas destacou a mudança de postura após a reformulação. “Eu vi um grupo, na sua maioria, sem comprometimento, sem vontade de vestir a camisa do Atlético e sem o mínimo de competitividade que a competição pede. Hoje nós temos um elenco. O cara pode entrar mal ou bem, mas dá o que ele tem”, ressaltou.
Adson ainda aproveitou a oportunidade para exaltar o meia-atacante Yuri, cria da base rubro-negra, que vem se destacando nas últimas partidas. O presidente chegou a compará-lo com Neymar em seu início de carreira e rebateu críticas sobre a falta de valorização das categorias de base.
“Ele parece um perfil do Neymar quando começou, mas o Neymar é um consagradíssimo, e ele tem que ouvir os elogios, porque, se estiver mal, eu vou criticar, eu vou cobrar para ele poder sempre estar buscando uma briga com ele mesmo, uma evolução. Mas ele tem muito talento, e, na verdade, eu não gosto de jogador ruim, porque a base só tinha jogador ruim, um monte de cadeirante”, disparou.
“Então, a realidade é que eu gosto de bons jogadores. Quando eu vejo o Yuri jogando com essa coragem, com essa personalidade, com essa técnica, com essa velocidade, com potência, ele tem muita potência para bater na bola, eu vou aplaudir de pé, eu sou um apaixonado de futebol. Futebol não tem preto, não tem amarelo, não tem branco, tem a qualidade. Quando tem qualidade, eu vou sempre abraçar, e não tem negócio de idade”, finalizou.