Futebol Nacional

Palmeiras tem maior contrato de ‘naming rights’, mas só recebeu R$ 430 mil

Segundo apurou o UOL, o Palmeiras alega que o repasse de naming rights pago pela Allianz só chegou ao clube nos primeiros meses do contrato

Allianz Parque. Foto: Divulgação Palmeiras

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O acordo do São Paulo para renomear seu estádio para MorumBIS reacendeu a discussão sobre ‘naming rights’ dos três grandes paulistas e, apesar de o Palmeiras ter o acordo com maiores valores absolutos, o Verdão viu só aproximadamente R$ 437 mil entrarem no caixa de um total que deveria ter sido de aproximadamente R$ 15,2 milhões.

Segundo apurou o UOL, o Palmeiras alega que o repasse de naming rights pago pela Allianz só chegou ao clube nos primeiros meses do contrato. O clube teria recebido o montante em sete dos primeiros oito meses, um valor correspondente a R$ 437 mil. A Allianz fechou contrato de 20 anos e R$ 300 milhões em 2013.

Palmeiras e WTorre entraram em rota de colisão. O Verdão alega que, desde 2015, a Real Arenas, braço da WTorre que cuida do Allianz Parque, não faz o repasse de diversos valores ao Verdão, inclusive o montante de ‘naming rights’.

O contrato prevê porcentagem progressiva ao Palmeiras. O clube tinha direito a 5% do valor pago nos primeiros cinco anos após a inauguração do Allianz Parque. Depois, entre 5 e 10 anos da inauguração, o clube passou a ter uma fatia maior: 10%. O percentual sobe novamente em novembro de 2024, chegando a 15%.

O Palmeiras entrou na Justiça contra a WTorre. O clube cobra uma dívida que já supera R$ 127 milhões por repasses diversos que não foram feitos.

A Real Arenas vê dívidas também do Verdão. A empresa entende que deveria ser feita uma conta final levando todos os valores em consideração.

Oficialmente, a empresa não comenta o caso. “A Real Arenas entende que, por se tratar de um processo em andamento, onde existem débitos de ambas as partes, todas as questões relativas ao mesmo estão sendo tratadas nas esferas competentes. A Real Arenas mantém sua postura de tratar os trâmites legais nos fóruns adequados”, informou em contato com o UOL.

Mesmo com a concorrência de São Paulo e Corinthians, o Palmeiras tem, hoje, o maior contrato em termos financeiros. Os R$ 300 milhões fechados em 2013 somavam um total de R$ 15 milhões ao ano, mas com a correção monetária pelo IPCA chegam a R$ 27,5 milhões em 2023. A validade é até 2033.

O valor pago pela Mondelez ao São Paulo chega próximo ao Verdão. O Tricolor irá receber cerca de R$ 25 milhões neste primeiro ano e terá o reajuste pela inflação durante o contrato de três anos. Depois disso, porém, o clube do então MorumBIS não tem garantias de renovar o vínculo de naming.

Já o Corinthians recebe atualmente menos do que os rivais. A Hypera Pharma iniciou pagando os mesmos R$ 15 milhões anuais, mas, com o reajuste, o valor hoje está na casa dos R$ 20 milhões. O acordo inicial tem os mesmos números do acerto da Allianz com o Palmeiras (R$ 300 milhões em 20 anos), mas o Corinthians assinou seu vínculo em 2020, sete anos depois do acordo pela arena palmeirense.