Pedro Bahia fala sobre infância, Copinha e revela o porque de não ter atuado mais no time principal do Goiás
Atacante deixou clube esmeraldino após oito anos e concedeu uma entrevista exclusiva ao Mais Goiás falando de vários temas

Após um mês de se despedir do Goiás, o atacante Pedro Viana deve definir seu futuro nas próximas semanas. O jogador que foi revelado no time esmeraldino onde ficou por oito anos, concedeu uma entrevista exclusiva ao Mais Goiás e falou um pouco mais sobre sua carreira. Confira uns trechos.
Infância
Natural de Goiânia, o atacante ganhou o apelido de Bahia, por crescer longe do estado de Goiás. Passou sua infância e juventude em São Desidério, Município da Bahia.
“Minha vó morava na Bahia e quando eu nasci, fiquei pouco tempo aqui (Goiânia) e minha mãe separou do meu pai e foi morar com minha vó. Fiquei lá até os doze anos. Vivi minha infância praticamente toda na rua, criança, brincando de bike, jogando bola. Não tinha uma escolinha estruturada, mas tinha o time da cidade”, revelou o atleta.
“Nunca imaginei que seria jogador morando em uma cidade lá, tão distante. Então, eu tinha um sonho sim, quando brincava na rua e eu via que eu era diferente de alguns, tinha uma certa qualidade. Quando eu ia treinar, sempre treinava com a categoria mais velha e foi assim que começou”, disse Pedro.
Copa São Paulo
O atacante disputou duas Copinhas na carreira, a primeira, ainda em 2020, com a equipe esmeraldina chegando até as oitavas de final.
“Eu subi (do Sub-17) e confiava em mim, mas não imaginava que eu iria, porque uns tempos atrás era muito difícil jogar em categorias sendo mais novo. Com o Eduardo que está chegando, está mudando isso ai. Foi diferente, quando recebi a notícia e fiquei muito feliz”, revelou Pedro.
Em 2022, mais uma, porém, ele entende que o time perdeu peças que acabaram prejudicando o rendimento da equipe esmeraldina em campo.
“Acho que o time todo não foi bem. Nosso time todo foi desmontado, saiu as principais peças como Popó, Sandrinho, Guilherme e quebrou nosso time que tinha sido campeão e fomos com um time não tão bom na Copinha”, disse o atacante.
Profissional
“Eu tive um certo azar, porque todo treinador quando eu começava a criar uma expectativa alta, quando eu pegava uma moral com o treinador, ele saia. Quando chegava outro treinador, queria fazer uma moral, colocar os experientes, os mais cascudos. O Augusto fala que eu estava bem, que ia me colocar de titular, passava uma semana, ele caia. O Gláuber, colocava os mais velhos para fazer o nome dele também e não me utilizou. O único treinador que olhou diferente para mim foi o Marcelo Cabo. Ele me colocou para jogar na Série B e sempre confiou em mim, chegava para conversar comigo, não só ele, mas o staff todo”, falou o jogador.
Goiás
“Saio do Goiás com a cabeça erguida, tudo que eu joguei, eu conquistei, desde o Sub-12 até o profissional. Tenho pelo menos um título em todas categorias que joguei e no profissional um acesso para a Série A e considero como um título. Minha história foi bonita demais no Goiás, pelas amizades que eu fiz e quem me conhece de verdade, sabe a pessoa que eu sou”, disse Pedro.
Futuro
“Alguma coisa tem, só não sabemos o que ainda. Mas tem coisa sim e se Deus quiser vai aparecer uma coisa muito boa. Tenho conversado muito com meus empresários e está até sendo difícil para mim, porque sou muito ansioso, já quero ir para outro clube logo […] não tem nada definido, tenho um sonho de ir para fora, não sei como vai ser, mas vamos ver o que Deus me guarda”, concluiu o ex-jogador do Goiás.