Tigrão

“Produzimos, mas faltou constância”, avalia Umberto Louzer

Com vínculo até o fim de 2026, o treinador já projeta a próxima temporada e mira em dar mais constância ao time

Louzer quer uma equipe mais constante e consistente
Foto: Roberto Corrêa / Vila Nova F.C.

Após o empate em 2 a 2 com a Ferroviária, na noite de domingo (26/10), pela 34ª rodada da Série B, o técnico do Vila Nova, Umberto Louzer, começou a traçar os planos para a próxima temporada. O Colorado ocupa a 12ª colocação, com 44 pontos, e não tem mais chances de acesso à Série A.

Desde que chegou ao clube, já na reta final do campeonato, Louzer tem reforçado a importância de construir uma equipe constante e consistente. Diante da Ferroviária, o treinador viu avanços, especialmente no primeiro tempo, mas admitiu que a equipe ainda oscila demais.

“Ser uma equipe consistente e ser constante, o que está nos faltando é a constância. Hoje a gente conseguiu fazer mais tempo algo produtivo, com boa performance, com bom desempenho, então, é o processo, nós temos que continuar trabalhando. A gente chega num momento de muita dificuldade, você tem que mobilizar, trazer o atleta pra dentro da competição, isso também nos dificulta. A gente perdeu dentro desse período alguns atletas também, isso dificulta, mas hoje, o que nós produzimos, principalmente nos quarenta e cinco primeiros minutos, era pra gente abrir uma vantagem de três, quatro. Então é um recorte que a gente tem que começar pra implementar, para criar a nossa identidade. É isso que nós queremos pra 2026: uma equipe que pressiona o adversário, que se impõe, que tem volume ofensivo e que joga com intensidade, porque a gente se coloca no lugar do torcedor.”

Louzer destacou ainda a importância de manter o espírito competitivo em casa, ressaltando o papel do OBA e o apoio da torcida.

“Aqui no OBA é um caldeirão. A gente tem que ter um time justamente com vida, com intensidade. Então é dessa maneira que a gente vai encontrar o perfil pra montar bem essa equipe pra 2026, pra conquistar grandes coisas. A gente lamenta, porque tem produzido, até falei isso pros atletas, e mais uma vez a gente rasga a oportunidade de vencer a partida, por erros nossos ou por não conseguir ser constante. Então é trabalhar, a gente entende, compreende, mas isso traz um amargo pra nós também. Mas é isso que vai nos motivar, nos mobilizar pra fazer cada vez melhor, pra que a gente encontre essa identidade e consiga bons resultados no final dessa temporada e no início da de 26 também”, finalizou o treinador.

Após o apito final, a equipe deixou o gramado vaiada pelos torcedores presentes no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga. Louzer deu razão ao protesto e afirmou que o sentimento de frustração também é compartilhado internamente.

“O torcedor é o maior patrimônio do clube, ele tem o direito. Assim como eles estão insatisfeitos, eu também estou, e tem que ser o sentimento de todo mundo aqui dentro. Não pode você sair de um jogo desse, com o jogo na tua mão, e sair como se fosse tudo natural. Tem que doer. Lógico que amanhã a gente tem que, como diz, lamber as feridas e voltar nossas atenções pra aquilo que a gente precisa melhorar. É assim que a gente vai encarar até o final da temporada. Então, o torcedor tem razão”, concluiu Umberto.

O Vila Nova volta a campo no domingo (2/11), às 20h30, para enfrentar o Operário, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa (PR).