Não andou

Projeto de lei que buscava restringir horários de jogos em Goiânia é arquivado

Proposta do vereador Paulo Magalhães, que foi criticada nas redes sociais, não avança

Estádio Antônio Accioly em 2023
Estádio Antônio Accioly era um dos alvos no projeto de lei do vereador. Foto: Ingryd Oliveira - ACG

O projeto de lei que foi apresentado pelo vereador Paulo Magalhães (União Brasil), sobre a restrição de horário dos jogos na capital, foi arquivado na manhã desta terça-feira (13). A proposta havia sido apresentada na Câmara Municipal de Goiânia e encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que através da figura do procurador Kowalsky do Carmo Costa Ribeiro, foi determinado que não teria prosseguimento.

A proposta do vereador Paulo Magalhães seria restringir o horário de funcionamento dos estádios particulares da capital, que não poderiam ter jogos entre às 6h até às 20 horas. Para o clube que descumprisse a regra, a multa seria de R$ 50 mil. Segundo o político, as partidas atrapalham o fluxo nas vias próximas aos estádios. “A realização de jogos em dias úteis e em horários de maior fluxo de veículos restringe o direito de ir e vir da população, bem como causar sérios impactos na mobilidade urbana”, disse.

“Ao analisar os autos, o Parecerista responsável apontou que, apesar da competência legislativa concorrente sobre o ‘desporto’, as questões tratadas na proposição não se inserem na competência legislativa suplementar dos Municípios. Isso porque a União, no exercício da competência geral, editou a lei nº 9.615/98, que atribui às entidades nacionais de administração de desporto a organização dos calendários anuais de eventos oficiais”, disse um trecho do despacho publicado.

A intenção da restrição do vereador Paulo Magalhães era referente apenas aos estádios particulares: Antônio Accioly (Atlético), Serrinha (Goiás) e OBA (Vila Nova). Os estádios públicos, Serra Dourada e Olímpico não entram na proibição.