“Quando eu estava lá, dei um título para ele que eles não tinham havia 20 anos”, rebate Lacerda sobre declaração de Hugo Jorge Bravo

Pela primeira vez na atual temporada, o Atlético derrotou o Vila Nova. Em clássico disputado no Estádio Antônio Accioly, no último sábado (18/10), o Dragão bateu o Tigre pelo placar de 1 a 0, com o primeiro gol profissional do atacante Yuri, que é cria das categorias de base do clube. O resultado fez o Rubro-Negro diminuir a distância para o G-4 e voltar a sonhar com o acesso à Série A.

Na avaliação do técnico Rafael Lacerda, o Colorado impôs dificuldade ao Atlético, principalmente no primeiro tempo, com o Igor Henrique. No entanto, o treinador rubro-negro entende que Guilherme Romão e, principalmente, Yuri estavam muito bem em campo e foram cruciais para que o Dragão saísse de campo com a vitória e, consequentemente, os três pontos.

“Foi um clássico duro. Individualmente, o Vila Nova tem muitos jogadores de qualidade. O Igor Henrique fez um bom primeiro tempo e nos trouxe dificuldade. Mas o nosso time estava muito centrado e muito seguro. O Yuri fez uma grande partida. É claro que, agora, é fácil falar, porque ele fez o gol. Mas ele foi o nosso melhor jogador desde o primeiro tempo. Ele e o (Guilherme) Romão estavam muito bem. A equipe esteve bem postada, madura e sabendo o que queria dentro da competição. Vou falar uma frase que já disse várias vezes: o clássico é um jogo, um campeonato à parte. É claro que, para quem perde, não é. Mas, para quem ganha, é muito bom. É um gostinho maravilhoso. Estou muito feliz pela vitória”, disse Rafael Lacerda.

Rafael Lacerda comentou a respeito da declaração dada por Hugo Jorge Bravo, que afirmou que o Rubro-Negro “não mereceu tanto” ter vencido o clássico. Para o comandante atleticano, esse tipo de comentário é feito por quem tenta apagar a história que foi escrita. Além disso, o técnico alfinetou e lembrou que, no início da temporada, tirou o Vila Nova da fila no Campeonato Goiano.

“Eu não tenho que responder o presidente (Hugo Jorge Bravo). A minha resposta foi quando eu estava lá (no Vila Nova) e dei um título para ele que eles não tinham havia 20 anos. Tenho o máximo respeito pelos atletas, pelos membros de comissão técnica, pelo Alarcon (Pacheco), pelo Wagner (Bueno). Cada um tem que cuidar do seu time. As pessoas tentam apagar a história que a gente tem fazendo esse tipo de comentário. Mas a história está lá. Todo mundo é passageiro. O treinador é passageiro, mas o dirigente também é. Mas eu acho falta de respeito”, respondeu Rafael Lacerda.

Por fim, Rafael Lacerda celebrou o feito de ter terminado a temporada sem ser derrotado nos clássicos que disputou, seja pelo Atlético ou pelo Tigre. O treinador revelou um conselho que recebeu quando desembarcou em Goiânia e fez questão de enaltecer todos aqueles que fizeram parte desse desempenho em 2025.

“Quando eu cheguei em Goiânia, uma pessoa me disse assim: “para dar certo nos times, tu não pode perder clássico”. E eu não perdi nenhum. Nunca ganho nada sozinho. Mas eu não perdi nenhum clássico. Foram sete (por Vila Nova e Atlético). Mas não conquisto nada sozinho. Sou muito grato ao clube em que trabalho. Aqui, no Atlético, (sou grato à) toda a comissão (técnica), staff, diretoria e os meus auxiliares, que sempre me acompanham”, finalizou Rafael Lacerda.