JUSTIÇA

Advogado de defesa do prefeito de São Simão é substituído

Dimas Lemes Carneiro Júnior, advogado do prefeito de São Simão Francisco Assis Peixoto (PSDB), deixou…

Defesa de prefeito de São Simão pede licença-médica, mas Câmara rejeita
Francisco de Assis (PSDB), prefeito de São Simão (Foto: Reprodução/Facebook)

Dimas Lemes Carneiro Júnior, advogado do prefeito de São Simão Francisco Assis Peixoto (PSDB), deixou a defesa do caso, mas já foi substituído. O gestor foi preso na quarta-feira (28), durante Operação Paideia, suspeito de envolvimento em crime contra a dignidade sexual de menor de idade. Ao menos, sete pessoas fizeram denúncias ao contra o político.

O Mais Goiás entrou em contato com Dimas, que não comentou a saída, mas passou o número do novo defensor de Francisco, Edemundo Dias. O advogado, que assumiu na última sexta-feira (30), disse que pegou o caso a pedido do próprio cliente e de pessoas próximas ele.

“Antes de assumir, eu avalio, e achei que ele realmente merecesse a defesa”, declarou. Além disso, Edemundo afirmou que ele tem conhecimento de apenas três conhecimentos de importunação sexual, “que é diferente de pedofilia. Envolve preferência sexual”, ressaltou.

Defesa

Segundo Edemundo, no dia da audiência de custódia, foi feito o pedido pela liberdade do prefeito, com manifestação contrária do Ministério Público (MP), “o que já era esperado”. O juiz, contudo, ainda avalia a questão.

“Achamos correta a prudência do magistrado. Contudo, se ele negar, ainda em sede de audiência de custódia, vamos entrar com o habeas corpus”, relatou. Francisco Assis está preso no núcleo de custódia em Goiânia.

Caso

Durante a prisão, na quarta, foram cumpridos também três mandados de busca e apreensão. Participaram da operação 4 promotores de Justiça, 4 delegados da Polícia Civil e 12 policiais civis. O Centro de Inteligência do MP-GO apoiou a operação.

Uma das supostas vítimas do prefeito, o jornalista Luís Manuel Araújo, se manifestou sobre o caso nas redes sociais. Em uma postagem, ele afirmou que fez a denúncia ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) e que sofreu abusos sexuais entre os anos de 2001 e 2007, quando tinha 9 anos.

Segundo o comunicador, por conta do crime, desenvolveu graves transtornos mentais e toma remédios para tratar os traumas causados pelos abusos. “A cidade merece essa minha satisfação. Dinheiro não me compra, eu já defendi muito ele, agora estou enfim liberto dessa sombra na minha vida.”

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