Caiado finaliza ajustes em decreto que vai flexibilizar quarentena em Goiás

O Estado tem buscado alternativas para retomada das atividades econômicas em Goiás. Várias avaliações tem sido feitas pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) em conjunto com prefeitos, representantes do setor produtivo e internamente dentro da administração estadual. A tendência é que haja já a partir da próxima semana uma flexibilização de uma série de atividades econômicas, mas será cobrado rigor sanitário.

Algumas ações estão sendo analisadas. Se o número de casos aumentar de forma considerável durante uma flexibilização, o governo poderá retomar quarentena.

A preocupação é que não haja uma liberação de todas as áreas econômicas de uma só vez, mas em boa parte delas. Algumas deverão permanecer na quarentena, como o setor de Ensino e de Eventos, por exemplo. Cultos, missas e outras atividades religiosas ainda deverão permanecer suspensas.

Indústrias deverão retomar as ações, assim como a construção civil, e uma série de atividades comerciais. Mas deverá ser levado em consideração a quantidade de pessoas nos estabelecimentos. Restaurantes, por exemplo, poderão ser reabertos, mas com número reduzido de pessoas e distanciamento.

O decreto está sendo finalizado pelo governo. Há ainda alguns pontos que não estão muito claros, como a possibilidade de escalonamento de horários nos estabelecimentos e na concentração de pessoas no Transporte Coletivo.

Na Indústria, uma possibilidade que está sendo discutida é de que as empresas assumam durante o período crítico da pandemia, a responsabilidade de promover o deslocamento dos trabalhadores, para diminuir a quantidade de pessoas no transporte público.

Prefeitos

Nesta quarta-feira (15), o governador fez vídeo conferência com prefeitos das cidades de Goiânia, Aparecida, Anápolis, Catalão, Rio Verde, Jataí, Porangatu e Goianésia. Os municípios estão entre aqueles que tem um maior número de casos do novo coronavírus.

O prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB), em entrevista à Rádio Sagres 730, explicou que além de novo decreto estadual, o governador orientou os prefeitos que também fizessem decretos municipais, regulamentando particularidades locais.

“Temos estudado o uso de tecnologia para permitir a reabertura do comércio, desde que sejam obedecidos os parâmetros de sanitários e com critérios relativos a quantidade de pessoas dentro dos comércios, isso vai acontecer nos próximos dias”, disse o prefeito.

Aparecida estima perder R$ 188 milhões em receitas. O uso de tecnologia que está sendo analisado é a partir dos celulares. Por meio do georreferenciamento, será possível saber quantas pessoas estão em determinado local, caso haja excesso de pessoas num mesmo local, pode haver notificação e até multas. O fato ainda será analisado pelo comitê municipal.

O governador Ronaldo Caiado citou em live realizada nesta quarta-feira (15), que não se pode relaxar nas medidas, pois o número de casos de coronavírus pode crescer rapidamente. Ele citou como exemplo Goianésia, em que houve um aumento grande de casos, em pouco tempo.

Caiado argumentou que no município havia pressão para retomada das atividades, mas com relaxamento da quarentena, subiu a quantidade de infectados, passando de 1 para 16.

Assembleia

Nesta quinta-feira (16), ainda em horário indefinido deputados estaduais pretendem dialogar com o presidente da Fieg, Sandro Mabel, um plano para retomada gradativa das atividades do setor e quais os cuidados sanitários previstos.