LEGISLATIVO

Câmara de Iporá derruba proposta de afastar prefeito por 30 dias, após tiros na casa da ex

Apesar de não haver o afastamento, ainda há, dentro da Câmara, uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), que analisa a conduta do prefeito

Os vereadores de Iporá, município da Região Oeste de Goiás, rejeitaram a proposta de afastar o prefeito Naçoitan Leite (sem partido) por 30 dias por inconstitucionalidade. O prefeito está foragido da polícia após invadir a casa da ex-mulher e atirar pelo menos 15 vezes contra a porta do quarto em que ela estava com o namorado, no último sábado (18).

A oposição diz que a sessão da Câmara Municipal, que analisou o afastamento, estava cheia de servidores comissionados da prefeitura com a intenção de pressionar os vereadores para que o requerimento contra Naçoitan Leite fosse adiante. O Ministério Público abriu investigação sobre o caso.

O pedido de afastamento, feito pela vereadora Heb Keller (Republicanos) foi rejeitado após parecer lido pelo vereador Frederico Rodrigues (PTB), que é da base do prefeito. O documento, com parecer da procuradoria da Câmara Municipal, aponta que o requerimento seria inconstitucional. O que foi acolhido pela presidência. A sessão precisou ser interrompida após a leitura.

A vereadora Vivian Specian (PT) ressaltou que dentro do regimento da Câmara Municipal não há previsão sobre afastamento do prefeito ou vice-prefeito. No entanto, afirma que o plenário é soberano e pode tomar decisões.

“É uma excepcionalidade. Nós temos, no momento, o prefeito foragido. E isso é preocupante. Isso é ruim para o nosso município. É ruim em todos os aspectos políticos, econômicos, que vocês puderem imaginar. Mas é importante lembrar também que nós, aqui na Câmara Municipal, qualquer questão que não esteja prevista em regimento, também pode ser deliberada por nós, porque o plenário é soberano”, pontuou a vereadora.

Apesar de não haver o afastamento, ainda há, dentro da Câmara, uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), que analisa a conduta do prefeito.