PEC dos Precatórios

Câmara inicia debate sobre a PEC dos Precatórios

A Câmara dos Deputados começou a discutir os destaques da Proposta de Emenda à Constituição…

Câmara inicia debate sobre a PEC dos Precatórios
Foto: Agência Brasil

A Câmara dos Deputados começou a discutir os destaques da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/21, a PEC dos Precatórios, no início da tarde desta terça-feira (9). A proposta, aprovada em primeira votação na semana passada, analisa o pagamento de dívidas contraídas pelos governos, em todas as esferas, quando são condenados em instância final pela justiça a pagar a pessoas físicas ou jurídicas.

A expectativa é que, após a votação dos destaques, a PEC seja vota em segundo turno ainda nesta terça. Para que seja aprovada, ela precisa ter 308 votos no mínimo, o que corresponde a três quintos da casa.

A sessão foi marcada para as 9 horas pelo presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL). Ao confirmar a votação para hoje, Lira disse esperar uma votação com maior margem de apoio para a aprovação da matéria. Porém , até o momento não há quórum para a votação do texto.

PEC dos precatórios

A PEC define o valor de despesas anuais com precatórios, corrige seus valores exclusivamente pela taxa Selic e muda a forma de calcular o teto de gastos.

Pelo texto-base aprovado, os precatórios para o pagamento de dívidas da União relativas ao antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), atual Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), deverão ser pagos em três anos, sendo 40% no primeiro ano, 30% no segundo e 30% no terceiro ano.

A redação aprovada engloba o texto da comissão especial que discutiu a proposta, segundo o qual o limite das despesas com precatórios valerá até o fim do regime de teto de gastos (2036). Para o próximo ano, esse limite será encontrado com a aplicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado ao valor pago em 2016 (R$ 19,6 bilhões).

A estimativa é que o teto seja de quase R$ 40 bilhões em 2022. Pelas regras atuais, dados do governo indicam um pagamento com precatórios de R$ 89 bilhões em 2022, frente aos R$ 54,7 bilhões de 2021.

Na prática, abre espaço fiscal no Orçamento da União para o pagamento do novo benefício assistencial criado pelo governo, o Auxílio Brasil, que terá o valor mensal de R$ 400.

Com informações de Agência Brasil