Eleições 2018

Eleitores devem investigar candidatos e checar informações, dizem especialistas

Na reta final do pleito de 2018, dois especialistas em política dão as dicas para…

Na reta final do pleito de 2018, dois especialistas em política dão as dicas para os eleitores: pesquisar sobre os candidatos e não acreditar em tudo o que é divulgado nas redes sociais. Também é importante não espalhar notícias e informações sem antes checar se são verdadeiras. Colaborar com a Justiça Eleitoral, com denúncias de possíveis crimes, também é papel dos eleitores.

“Enquanto há tempo, fazer uma investigação sobre os candidatos para escolher o que corresponda aos interesses e às expectativas”, orienta o professor de sociologia e política da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Goiás), Sílvio Costa. O professor Júlio César Meira, pesquisador de História Social e Política na Universidade Estadual de Goiás (UEG), completa: “É importante fazer a busca de informações via TRE, TSE, e o que está disponível na mídia”.

No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estão disponíveis os planos de governo, informações sobre cada candidato em eleições anteriores e declarações de bens e propriedades. As notícias de órgãos de imprensa com credibilidade são essenciais para conhecer o histórico e envolvimento em possíveis escândalos ligados a corrupção, por exemplo.

A disseminação de falsas notícias, ou ‘fake news’, é crime, por isso a importância de confirmar a veracidade. “A primeira coisa a fazer é não compartilhar, principalmente se não tiver certeza. É importante a pessoa buscar informações sobre a notícia ou o dado. Até para contribuir com a justiça e fazer uma denúncia”, explica o professor Júlio, da UEG.

O professor Sílvio explica que existem robôs que disseminam esses conteúdos nas redes sociais. E Júlio lembra casos recentes que têm utilizado falsas informações sobre religião. “Tem muita mentira circulando com o objetivo de contrapor a maledicência contra outros candidatos. É muito perigoso, porque jogam com a religiosidade e manipulam a fé das pessoas”, diz Júlio.

“É uma atividade muita séria, porque vamos escolher o representante pelos próximos quatro anos. Dado o voto, não tem retorno mais. É definitivo esse ato de apertar na maquininha”. O alerta final do professor Sílvio parece óbvio, mas é, também, necessário tão próximo da data de escolha dos representantes do povo brasileiro pelos próximos quatro anos.