Incerteza sobre amplitude da vacinação pode atrapalhar retomada econômica, diz secretária
Mês de fevereiro registrou números melhores que os do ano fiscal de 2020, mas a tendência é que março tenha queda brusca
A secretária de Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, avalia que a amplitude da vacinação dá ares de incerteza para a retomada econômica no estado. Embora a vacinação já esteja em curso, é preciso que, no mínimo, 50% da população seja imunizada para que seja estabelecida uma imunidade coletiva. Essa barreira é considerada essencial para que as contaminações por Covid-19 diminuam e consequentemente as internações e óbitos.
Comparado com 2020, no entanto, a tendência é que o ano fiscal de 2021 seja melhor, mas sem transferência de recursos federais da mesma monta para os estados. “Ano passado, conseguimos fechar nossas contas, pois tivemos R$ 2 bilhões vindos do governo federal. Por volta de R$ 350 milhões foram exclusivos para a área da saúde, mas o restante foi para fechar as contas”, diz a secretária.
Neste sentido, na avaliação de Schmidt, é preciso que 2021 tenha números bem melhores do que os registrados em 2020. Já que não há certeza das transferências federais. “O estado está, na parte de despesas, com estruturação mais sólida, com programação orçamentária/ financeira que não existia antes. Mas é preciso reprogramar já que não temos receita”, aponta.
Números
Pelo menos por enquanto, o cenário ainda é bom. A arrecadação de fevereiro foi de R$ 2,49 bilhões, porém, R$ 130 milhões menor que do mesmo período de 2020. No entanto, devido ao recrudescimento da pandemia e a consequente adoção de medidas de combate, a projeção é de que março tenha uma queda brusca. Por isso, a importância da vacinação em larga escala.
Por enquanto, o estado de Goiás, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde, 966.980 e aplicou 453.949 doses dos imunizantes. A população goiana, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) estima é de 7.113.540.