Investigação

Investigados pela Operação Decantação somam R$ 1,1 bilhão em contratos

Em 10 anos, quase 10% dos contratos foram assinados pelas 17 empresas alvos da denúncia do Ministério Público Federal

As empresas citadas na nova denúncia da Operação Decantação, do Ministério Público Federal (MPF), firmaram contratos com a Saneago que somam cerca de R$ 1,1 bilhão, em pouco mais de 10 anos, sem considerar os aditivos. As informações são do Jornal O Popular.

Segundo dados, desde 2007, 17 empresas assinaram quase 10% de todos os contratos da Saneago. Essas empresas foram citadas na denúncia de 38 pessoas e no pedido de prisão de quatro envolvidos. De acordo com o Portal de Transparência da Saneago, nesse período foram feitos 4.409 contratos. Desses, 388 foram assinados com alguma das empresas citadas na investigação.

Só a Tecnobombas Motores e Serviços LTDA, pela qual atuaria Gilberto Richard de Oliveira, um dos alvos da denúncia, assinou 147 contratos que somaram cerca de R$ 54,7 milhões.  Segundo a denúncia, foi a partir da atuação dessa empresa que MPF iniciou as apurações.

Operação Decantação

O Ministério Público Federal protocolou a nova denúncia da Operação Decantação, que investiga esquemas de corrupção na Saneago. O documento apontou o envolvimento de 38 pessoas e pediu a prisão preventiva de quatro.

O pedido justifica que a prisão do grupo é necessária para impedir que os denunciados continuem com atividades criminosas e evitar que influenciem servidores, empresários e políticos na coleta de provas. Foi pedida a prisão preventiva do ex-presidente da Saneago e atual diretor-presidente da Fundação de Previdência Complementar do Estado de Goiás (PREVCOM-GO) José Taveira, os ex-diretores da estatal Robson Salazar e Mauro Henrique Barbosa, e o empresário Carlos Eduardo Pereira da Costa, dono da Sanefer Construções e Empreendimentos.