REPERCUSSÃO

Moro reclama por não ter sido chamado para depoimento de Bolsonaro na PF

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro reagiu ao depoimento prestado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem…

Empresários do Paraná insistem em candidatura de Moro para presidenteEmpresários do Paraná insistem em candidatura de Moro para presidente - (Foto: Marcelo Camargo -Agência Brasil)
Empresários do Paraná insistem em candidatura de Moro para presidenteEmpresários do Paraná insistem em candidatura de Moro para presidente - (Foto: Marcelo Camargo -Agência Brasil)

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro reagiu ao depoimento prestado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à Polícia Federal. Moro disse considerar “impróprio” que o presidente tenha sido ouvido sem que seus advogados fossem avisados e pudessem fazer perguntas.

Por meio de nota, Moro ressaltou que não troca princípios por cargos. “Se assim fosse, teria ficado no governo como ministro. Aliás, nem os próprios ministros do governo ouvidos no inquérito confirmaram essa versão apresentada pelo presidente”.

Moro nega que tenha usado indicação para negociar cargo da PF

O ex-juiz vai se filiar ao Podemos já de olho nas eleições de 2022. Ainda em nota, Moro negou ter condicionado uma eventual troca no comando da PF à indicação de seu nome a uma vaga no STF.

De acordo com ele, os motivos para substituição de Mauricio Valeixo, então diretor-geral da PF, “foram expostos pelo próprio presidente na reunião ministerial de 22 de abril de 2020 para que todos ouvissem”.

Já o advogado do ex-ministro, Rodrigo Sánchez Rios, reforçou que o ex-juiz deveria ter sido informado sobre o depoimento, uma vez que a investigação foi iniciada a partir de afirmações feitas por Moro.

“A defesa do ex-ministro Sergio Moro foi surpreendida pela notícia de que o presidente da República, investigado no Inquérito 4831, prestou depoimento à autoridade policial sem que a defesa do ex-ministro fosse intimada e comunicada previamente, impedindo seu comparecimento a fim de formular questionamentos pertinentes”, escreveu o advogado em comunicado.

Demissão do Ministério da Justiça

O ex-juiz pediu demissão do Ministério da Justiça e rompeu com Bolsonaro no dia 24 de abril de 2020.

A justificativa de sua saída do governo, foi pela suposta interferência política de Bolsonaro no trabalho da PF. Logo depois, em julho no depoimento à Justiça Federal, negou que ele próprio tivesse interferido na polícia.